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Mundo Saiba o que as tragédias aéreas ensinaram para aumentar a segurança dos aviões

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Incidente envolveu quatro aviões sequestrados e quase 3 mil mortes. (Foto: Reprodução)

Na aviação, tudo que sai do planejado vira um aprendizado para a segurança no futuro. No decorrer dos anos, a indústria aeronáutica vem aprendendo e desenvolvendo novos sistemas para garantir que os acidentes não ocorram, assim como novos procedimentos que visam evitar novas tragédias.

Segundo Miguel Angelo Rodeguero, diretor de segurança operacional da AOPA Brasil (Associação de Pilotos e Proprietários de Aeronaves), “como regra geral, a investigação de qualquer acidente leva a avanços na segurança operacional. Desde alterações operacionais para tripulantes até mudanças em projetos de aeronaves”.

Também é preciso destacar que uma investigação feita pela Aeronáutica tem como objetivo o aprimoramento da segurança, e não a busca de incriminar algum culpado pelos acidentes ou incidentes.

“O que se busca nos dias atuais é entender o que pode acontecer para evitar que acidentes ocorram. O conceito é entender os perigos existentes para mitigar os riscos das situações. Hoje o trabalho em segurança operacional é voltado bastante para a prevenção, antes que incidentes ou acidentes aconteçam”, disse Rodeguero. Saiba algumas das mudanças operacionais e inovações em segurança ocasionadas após episódios tristes na aviação.

Desaparecimento do voo MH-370 (14/3/2014)

Histórico: O voo MH-370, da Malaysia Airlines, desapareceu sobre o oceano Índico com 239 pessoas a bordo. O Boeing 777 fazia a rota entre Kuala Lumpur (Malásia) e Pequim (China), e até hoje não foram encontradas informações que levam ao paradeiro do avião.

Principal aprendizado: A criação de um sistema de rastreamento global por meio de GPS para os aviões, que ainda está sendo implementado.

Queda do voo AF 447 (1º/6/2009)

Histórico: O voo partiu do Rio de Janeiro com destino a Paris (França) no dia 31/5/2009 e caiu no oceano Atlântico durante a madrugada. As caixas-pretas foram encontradas apenas dois anos depois, em 1º de maio de 2011. O relatório final apontou uma série de erros como a causa da queda, com destaque para o congelamento do tubo de pitot, uma sonda que capta a pressão do ar e indica a velocidade do avião em relação ao vento.

Principais aprendizados: Melhora no sistema de busca e salvamento entre a costa do Brasil e Senegal. Troca dos modelos do tubo de pitot dos aviões e melhora da capacidade de descongelamento das sondas.

Queda do voo Germanwings 9525 (24/3/2015)

Histórico: Um Airbus A320 partiu da Espanha com destino à Alemanha, mas acabou caindo nos Alpes suíços. A queda foi causada intencionalmente pelo copiloto, que já havia sido tratado por apresentar tendências suicidas e não havia comunicado a companhia. Ele aproveitou o momento em que o comandante saiu da cabine de comando, trancou a porta por dentro e iniciou a descida controlada até se chocar contra os Alpes suíços.

Principal aprendizado: Diversos órgãos reguladores da aviação pelo mundo passaram a exigir a presença constante de, pelo menos, dois tripulantes na cabine de comando. Caso um dos pilotos precise sair, um(a) comissário(a) deve ficar na cabine com o outro.

Desastre de Tenerife (27/3/1977)

Histórico: Dois aviões Boeing 747 (um da KLM e outro da Pan AM) colidiram durante a decolagem na ilha espanhola. Um dos aviões começou a acelerar para decolar enquanto outro estava na pista taxiando para aguardar sua vez de partir. Com a forte neblina no local, as pistas de taxiamento estavam bloqueadas, e os pilotos não conseguiam enxergar quase nada a sua frente. Ao todo, 583 pessoas morreram, e esse é considerado o maior desastre aéreo da história.

Principais aprendizados: Criação de fraseologia padrão, para evitar confusões durante as comunicações. Adoção do inglês como língua internacional da aviação. Cotejamento das instruções, que consiste em repetir o que foi dito pelos órgãos de controle do tráfego aéreo para se ter certeza de que a mensagem foi compreendida.

Atentados de 11 de setembro de 2001

Histórico: Um grupo de terroristas sequestrou quatro aviões com a intenção de atirá-los contra diversos locais nos Estados Unidos no dia 11/9/2001. Dois atingiram as Torres Gêmeas, no World Trade Center, em Nova York. Outro avião atingiu o prédio do Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos. Um quarto avião foi derrubado antes de chegar ao seu destino. Ao todo, estima-se que cerca de 3.000 pessoas morreram e outras 6.000 ficaram feridas no episódio.

Principais aprendizados: Proibição de embarque na bagagem de mão com líquidos acima de 100 ml. Uma parte dos viajantes deve remover os sapatos em alguns pontos de verificação. A maioria dos viajantes deve remover os produtos de higiene pessoal e os laptops das sacolas. As portas das cabines de comando passaram a ficar trancadas durante os voos.

tags: segurança

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