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Política Sérgio Moro citou um caso de corrupção que envolvia líder do mesmo governo do qual o ex-juiz é ministro

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O ministro da Justiça, Sérgio Moro, rebateu a acusação de que agiu de forma parcial na Operação Lava-Jato. (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

O ministro da Justiça, Sérgio Moro, citou na audiência do Senado, na quarta-feira, um caso de corrupção em que o líder do governo na Casa, Fernando Bezerra Coelho, do MDB de Pernambuco, foi citado. As informações são da revista Época e da Agência Senado.

Bezerra Coelho foi denunciado ao STF em 2016, no âmbito da Lava-Jato, acusado de recebimento de propina de pelo menos R$ 41,5 milhões das empreiteiras Queiroz Galvão, OAS e Camargo Corrêa, contratadas pela Petrobras para a execução de obras da Refinaria Abreu e Lima. A denúncia acabou rejeitada.

“Quantas refinarias se poderia construir se não houvesse essa corrupção disseminada? Tudo aquilo foi vantagem indevida? Propina? Não, é muito dinheiro”, falou Moro ao responder a outro senador.

Duas horas e meia antes, Bezerra havia elogiado Moro.

O senador falou sobre “a notória experiência e o importante trabalho realizado no combate à corrupção como magistrado e, principalmente, algumas ações à frente do ministério ocorridas nesses últimos seis meses”.

Parcialidade

A relação entre juízes, promotores, advogados e delegados dominou parte dos debates na audiência da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. O ex-magistrado rebateu a acusação de que agiu de forma parcial na Operação Lava Jato com números. Segundo ele, foram 90 denúncias, 45 sentenças e 44 recursos interpostos pelo Ministério Público. De 291 acusados, 211 foram condenados e 63 absolvidos, o que demonstra não ter havido convergência de ações.

Qual o conluio? Qual a convergência? O que havia no fundo era muita divergência. Também existe parcial convergência: não quer dizer que, se absolvo alguém, tenho conluio com advogado. E também não quer dizer que, se condeno alguém, tenho acordo com o Ministério Público. A Lava Jato não era de atuação exclusiva minha. Aliás, nunca um juiz teve tanto recurso contrário às suas decisões como eu, por que os casos eram difíceis e envolviam pessoas poderosas. Quem foi condenado foi condenado nas provas que cometeu corrupção. E grande corrupção”, disse.

Moro disse que não tem apego ao cargo ocupado por ele no governo Bolsonaro e que sai se houver alguma irregularidade da parte dele.

O ex-juiz respondeu a uma pergunta do senador Jaques Wagner (PT-BA), que lembrou o fato de o ministro ser o chefe da Polícia Federal, o que poderia comprometer a imparcialidade das investigações.

“Não tenho apego ao cargo em si, se houver irregularidade de minha parte eu saio. Mas não houve, porque sempre agi com base na lei e de modo imparcial. Se o site divulgar tudo sem adulteração e sem a construção de interpretações, vai se verificar que minha atuação foi íntegra”, afirmou Moro, que insistiu em dizer que o site The Intercept Brasil (que divulgou mensagens trocadas entre o ex-juiz e procuradores da Lava-Jato) faz sensacionalismo.

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https://www.osul.com.br/sergio-moro-citou-um-caso-de-corrupcao-que-envolvia-lider-do-mesmo-governo-do-qual-o-ex-juiz-e-ministro/ Sérgio Moro citou um caso de corrupção que envolvia líder do mesmo governo do qual o ex-juiz é ministro 2019-06-20
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