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Política Sérgio Moro vai enviar 500 homens da Força Nacional para cidades violentas

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De acordo com a 13ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, o número de policiais que tiraram a própria vida no último ano alcançou 104 casos. (Foto: Ilustrativa/ Isaac Amorim/MJSP)

Depois de algumas derrotas no campo político, o ministro da Justiça, Sérgio Moro, tem pela frente a primeira prova de fogo como principal gestor da segurança pública no país. Terão início nos próximos dias as primeiras ações ostensivas do Plano Nacional de Segurança Pública, segundo disse ao jornal O Globo um dos auxiliares do ministro. O plano foi anunciado em abril como o mais importante programa do governo federal para conter a onda de violência urbana.

Pela proposta traçada entre integrantes da equipe de Moro e gestores municipais menos 500 homens da tropa deverão montar um cerco em bairros mais violentos das cinco cidades alvos desta fase experimental do plano: Goiânia, São José dos Pinhais (Paraná), Paulista (Pernambuco), Ananindeua (Pará) e Cariacica (Espírito Santo). Serão 100 policiais da Força Nacional para cada uma destas cidades.

A ideia do governo federal é promover um choque de ordem nos bairros, sobretudo nas microrregiões com os maiores índices de homicídios e outros crimes violentos. As tropas da Força Nacional deverão aumentar o policiamento ostensivo nestas áreas para coibir eventuais irregularidades e a livre circulação de suspeitos de envolvimento com o narcotráfico. Ao mesmo tempo, policiais civis e militares deverão cumprir mandados de prisão em aberto.

Entre os alvos centrais da ofensiva estarão suspeitos de envolvimento com homicídios e traficantes. As forças federais e locais deverão baixar a lei do silêncio nos pontos mais críticos. Isso significa que alguns estabelecimentos comerciais, sobretudo bares, terão que fechar as portas a partir das 22 horas. A lei do silêncio já foi usada em alguns projetos anteriores com resultados satisfatórios.

A simples regulação do horário de funcionamento de alguns bares e boates ajuda a reduzir barulho, brigas e confusões que, algumas vezes, resultam em mortes, segundo alguns gestores. Pela proposta inicial também, as ações repressivas serão acompanhadas da implementação de programas sociais, numa linha similar ao Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), lançado na gestão do ex-ministro Tarso Genro (PT).

“Vamos tentar corrigir erros do passado para evitar os problemas das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) no Rio. Houve o aumento das forças policiais, mas não fizeram os programas sociais esperados”, disse um dos auxiliares de Moro responsáveis pelo plano.

Depois do lançamento do plano nos cinco municípios que aceitaram fazer parte da experiência, Moro pretende levar as propostas para outras cidades de forma progressiva. Um dos futuros alvos do programa é o Rio de Janeiro. O combate à violência urbana foi uma das principais propostas de campanha do presidente Jair Bolsonaro. O Brasil está entre os países com os mais altos índices de homicídios do planeta.

O plano aparece agora também como um teste de Moro como administrador. O ex-juiz, que chegou ao governo com popularidade maior que de Bolsonaro, sofreu sucessivas derrotas em embates com a base governista. Uma delas foi a transferência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), agora rebatizado como Unidade de Inteligência Financeira, para o Banco Central. Na semana passada, Bolsonaro ignorou o ministro e até tentou emplacar um nome na superintendência da Polícia Federal no Rio, mas não obteve sucesso.

A definição do endereço e do papel do ex-Coaf dependia mais de decisões de Bolsonaro e do Congresso, que do ministro da Justiça. O plano de combate à violência indicará a capacidade de Moro de negociar com prefeitos e governadores, nem todos alinhados ideologicamente a ele, sobre medidas complexas e de resultados quase sempre incertos.

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https://www.osul.com.br/sergio-moro-vai-enviar-500-homens-da-forca-nacional-para-cidades-violentas/ Sérgio Moro vai enviar 500 homens da Força Nacional para cidades violentas 2019-08-21
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