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Por Redação O Sul | 28 de abril de 2017
A crise na Venezuela ganhou um novo capítulo nesta semana com o anúncio de que o país vai abandonar a OEA (Organização dos Estados Americanos). Será a primeira vez que um Estado-membro decide deixar por conta própria a organização multilateral desde sua criação, em 1948. Sete perguntas explicam a crise na Venezuela.
1 – Quando começaram os protestos?
Na Venezuela, governo e oposição parecem viver em permanente enfrentamento, mas essa nova onda de protestos tem uma data inicial: 31 de março de 2016. Dois dias antes dessa data, o Tribunal Supremo de Justiça venezuelano emitiu uma sentença assumindo as funções da Assembleia Nacional, onde a oposição tem maioria, enquanto o Legislativo estivesse “em desacato”.
2 – O que há de novo ou de diferente no enfrentamento de agora?
A Suprema Corte venezuelana atribuiu à Assembleia a situação de desacato porque o Legislativo decidiu incorporar, em agosto de 2016, três deputados do Estado do Amazonas mesmo depois de a eleição dos mesmos, em dezembro do ano anterior, ter sido impugnada.
3 – Qual é o pano de fundo dos protestos?
Há na Venezuela uma prolongada crise econômica, que colocou a maioria dos venezuelanos numa situação muito pior que a vivenciada na época dos protestos de 2014. A queda dos preços do petróleo tem reduzido ainda mais os recursos do Estado.
4 – O que a oposição quer?
A principal demanda dos que se opõem ao governo de Maduro é antecipar as eleições presidenciais, originalmente previstas para outubro de 2018.
5 – O que diz o governo?
O governo de Nicolás Maduro tem classificado as ações da oposição venezuelana como uma ofensiva golpista.
6 – Quais são os possíveis cenários daqui para frente?
Apesar de serem consideradas pequenas as possibilidades de as negociações entre governistas e oposicionistas alcançarem resultados concretos.
7 – Como a Venezuela vai sair da OEA?
Nunca antes um Estado-membro decidiu abandonar a OEA por conta própria.