Domingo, 13 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 19 de janeiro de 2019
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Com o decreto sobre as armas, algumas vozes inconformadas se manifestam, dizendo que “o governo agora se desonera da responsabilidade de dar garantia aos cidadãos”. Engano, porque isso ocorre há muito tempo. Uma prova: empresas do setor de segurança privada, com registros e legalizadas, empregam 700 mil trabalhadores no País e faturam 50 bilhões de reais por ano. Desses totais ficam fora as empresas clandestinas, cuja estimativa é difícil de concluir.
Outros não fizeram
O governador Eduardo Leite abriu o arsenal para o primeiro tiro, ao contestar o reajuste automático de 16,38 por cento a defensores públicos, integrantes do Ministério Público e magistrados. O segundo disparo virá com projeto de lei, obrigando que qualquer mudança salarial no setor público passe por aprovação da Assembleia Legislativa.
Quanto custa
O governo do Estado paga, mensalmente, 12 milhões de reais na forma de juros ao Banrisul, que fez empréstimos, permitindo que os servidores recebessem o 13º salário em dezembro. Outro ônus: os atrasos nos pagamentos dos vencimentos ao funcionalismo tem custo de 1 milhão e 350 mil reais por mês. Tudo porque a Secretaria da Fazenda anda voando baixo.
O que se pretende ouvir
Ainda falta coragem aos novos governadores. Precisam ajustar o coro para dizer e repetir que são contrários à demasiada concentração de recursos de tributos em Brasília.
Vai dar ressaca
Antônio Palocci esperou o auge do verão, quando todos os ventiladores estão ligados, para jogar as penas do travesseiro: dinheiro-vivo de propina da Odebrecht foi entregue a Luiz Inácio Lula da Silva em caixa de uísque. Com várias rodadas, teria chegado a 15 milhões de reais.
Mais um capítulo
A decisão de Luiz Fux favorável ao filho do presidente Jair Bolsonaro carrega junto a imagem do Supremo Tribunal Federal. É lenha na fogueira das sentenças monocráticas e da guerra interna entre ministros.
Contagem regressiva
Faltam 18 dias para o Supremo decidir se a eleição do presidente do Senado deve ocorrer de forma sigilosa, como prevê o regimento interno, ou com manifestação aberta de cada parlamentar no placar eletrônico. Defender o voto secreto, nos dias de hoje, é querer consagrar a política dos acertos nos bastidores.
Em busca de dinheiro
A imprensa dará especial atenção ao presidente Jair Bolsonaro, em Davos (Suíça), terça-feira próxima. No Fórum Econômico Mundial, fará palestra sobre o tema “Um Brasil Diferente, Livre das Amarras Ideológicas e Corrupção”. Foi escrita pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e está sendo chamada de “exposição para fascinar investidores”.
Não irão
Três ausências em Davos abrirão espaços para Bolsonaro. Donald Trump (EUA) tem dores de cabeça com a paralisação de servidores, Emmanuel Macron (França) está sob pressão dos coletes amarelos e Theresa May (Reino Unido) enfrenta a batalha do “Brexit”. A China enviará um representante de segunda linha. Rússia e Índia nem isso farão.
Turbulência
A ausência de pesos-pesados em Davos deixará em segundo plano avaliações do Fundo Monetário Internacional. Por exemplo: a redução da projeção de crescimento do Estados Unidos de 2,9 por cento em 2018 para 2,4 por cento este ano. A economia chinesa também deverá perder força, de 6,6 para 6,2 por cento. Sabe-se que os países em desenvolvimento, incluindo o Brasil, sofrerão consequências diretas.
Rombos no casco
Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro já não estão sozinhos. Ganharam esta semana a companhia de Roraima, Mato Grosso e Rio Grande do Norte. Todos sob a vigência vexatória de decretos de calamidade financeira. Cobram impostos e não entregam a mercadoria, isto é, serviços na plenitude.
Quer ver todos circulando
João Doria pediu para retirar os sofás dos salões do Palácio dos Bandeirantes. Tem recomendado a mesma medida a governadores com os quais conversa. Justifica, dizendo que é lugar de aterrissagem de quem não tem o que fazer.
Sonho do momento
Começa a temporada de caça a marqueteiros, donos de fórmulas que prometem eliminar erros de governantes recém-empossados.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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