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| Uma operação policial no Rio de Janeiro desarticulou um grupo que fornecia armas e drogas ao crime naquele Estado

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Policiais detalham a operação apelidada de Bad Family. (Foto: Alexandre Miziara/Polícia Civil RJ)

A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu nesta quinta-feira (17) ao menos 13 membros de uma quadrilha responsável pelo fornecimento de armas e drogas para líderes criminosos que atuam em favelas. O grupo é liderado por Edson Ximenes Pedro, conhecido como Pelincha. Ele, sua esposa e seus familiares são proprietários de uma fazenda em Paranhos, no Mato Grosso do Sul, próximo à fronteira com o Paraguai, de onde chegavam os produtos ilícitos.

Conforme Asty, as investigações tiveram início há cerca de um ano e apontaram que a organização criminosa, formada por familiares, atua no tráfico atacadista interestadual de drogas, armas e munições. Eles abastecem as principais comunidades da região metropolitana do Rio, como os complexos do Alemão, da Maré, do Lins e Jacaré, além dos municípios de Cabo Frio e Nova Friburgo, no interior do Estado, e em Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo.

Ainda segundo o delegado, a família do município de Paranhos, no Mato Grosso do Sul, e atuante no agronegócio, se utilizava de sua propriedade rural situada naquele município, fronteiriço ao Paraguai, para servir de entreposto para o recebimento e distribuição de drogas, principalmente maconha e cocaína. Os criminosos faziam também a distribuição de armas e munições de diferentes tipos e calibres.

“Era uma família que atuava no fornecimento de armas, drogas e munições exclusivas para a principal facção criminosa que atua no Rio de Janeiro, assim como para criminosos do Espírito Santo e do Mato Grosso do Sul”, disse o delegado responsável pela operação, Fábio Asty. Segundo Asty, Pelincha era um dos principais fornecedores dos traficantes do Rio e disputava o mercado com Marcelo Pinheiro Veiga, o Marcelo Piloto, preso em 2017.

As investigações mostraram que a família usava sua atuação no setor agropecuário para esconder as movimentações ilícitas. Drogas foram transportadas camufladas em caminhões que carregavam grãos, como soja. O delegado diz que Pelincha e seus familiares cuidavam de toda a logística, desde a aquisição até a entrega das drogas e armas. “Eles depositavam os materiais na fazenda e depois faziam um fretamento por meio de transporte rodoviário até os destinatários finais”.

A operação foi apelidada de Bad Family e envolvia 19 mandados de prisão preventiva e 18 de busca e apreensão. A Polícia Civil informou ter prendido oitos pessoas no Rio de Janeiro, três no Espírito Santo e duas no Mato Grosso do Sul. Pelincha e sua esposa não foram localizados até o momento. “Pode ser que ele tenha se evadido para o Paraguai”, disse Asty.

Também foi feito o bloqueio de nove contas bancárias ligadas à família. A investigação buscará saber o destino final dos recursos. De acordo com Asty, é possível chegar a uma estimativa de movimentação de R$200 milhões por ano. Uma única negociação no Complexo do Lins em junho do ano passado teria envolvido 900 quilos de cocaína.

 

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