Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 13 de agosto de 2019
Após perder as eleições primárias para Alberto Fernández e Cristina Kirchner, o atual presidente argentino, Mauricio Macri, manteve o tom de campanha. Macri disse que ainda é possível reverter a situação e ganhar as eleições em um segundo turno. Nesta segunda-feira (12), o mercado reagiu ao resultado das primárias argentinas: o dólar disparou, chegando a custar 60 pesos argentinos.
As eleições gerais ocorrerão no dia 27 de outubro e, para vencer em primeiro turno, Fernández precisa conseguir 45% dos votos ou 40% e dez pontos de vantagem em relação ao segundo colocado. “Vamos reverter a eleição. A mudança vai continuar”, afirmou Macri.
Quanto ao resultado negativo dos mercados e a subida do dólar, o presidente demonstrou preocupação. “Isso é apenas uma mostra do que pode acontecer. O mundo vê isso [a vitória da oposição] como o fim da Argentina”, disse.
Crise argentina
Vale ressaltar que, independentemente do próximo presidente, o governo herdará um país com uma economia em recessão, com alta taxa de inflação (fechou 2018 em 47% e o primeiro semestre de 2019 em 22%) e com 32% dos argentinos na pobreza.
Além disso, o eleito no próximo pleito ainda deverá cuidar da relação com o Fundo Monetário Internacional (FMI), com quem o país firmou uma série de compromissos em troca de um empréstimo de US$ 57 bilhões.