Sábado, 05 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 30 de dezembro de 2021
O dramático desfecho do GP de Abu Dhabi representou o que pode ser um ponto de virada importante na Fórmula 1. Pela primeira vez desde 2014, a categoria conheceu um campeão do mundo que não veste o macacão da Mercedes. O título conquistado por Max Verstappen também representou o fim de uma sequência de taças do mundo para Lewis Hamilton que vinha desde 2017.
Tal cenário remete a 2005. Naquela temporada, Fernando Alonso, com os mesmos 24 anos que hoje tem Max Verstappen, quebrou a hegemonia de Michael Schumacher, à época com 36 anos, mesma idade de Hamilton atualmente, e inaugurou uma nova era na Fórmula 1.
Campeão mundial de Fórmula 1, Verstappen é o primeiro piloto desta geração dourada a conquistar o título. Como referência, a geração formada por pilotos como Max, Charles Leclerc, Carlos Sainz, Esteban Ocon, Lando Norris, Pierre Gasly e George Russell jamais correu contra Schumacher, que encerrou sua trajetória no Mundial em 2012.
A conquista de Verstappen abre caminho para que outros tantos da sua geração lutem pelo título nos próximos anos. Quem será o próximo novo campeão depois de Max? Russell? Norris? Leclerc?
Silêncio de Hamilton
A falta de manifestações de Lewis Hamilton por meio de suas redes sociais tem deixado o público da Fórmula 1 intrigado com o futuro do piloto britânico na categoria máxima do automobilismo mundial. Após a perda do título de 2021 para Max Verstappen, Hamilton só apareceu publicamente em duas ocasiões: ao receber o título de Cavaleiro da Ordem do Império Britânico e na festa de despedida de Valtteri Bottas da equipe Mercedes.
Nicolas Hamilton, irmão do heptacampeão mundial, falou sobre o tema em uma live e explicou o “sumiço” de Lewis das redes sociais, local em que sempre foi bastante ativo. “Acho que ele está apenas tendo um pequeno pausa nas redes sociais e não o culpo por isso. As redes sociais podem ser um lugar muito tóxico. Mas ele é legal e está bem”, garantiu Nicolas.
A última publicação de Lewis Hamilton nas redes sociais foi após o treino que definiu o grid de largada para o GP de Abu Dabi. Nele, o britânico se mostrava confiante, mesmo partindo da segunda posição: “Nada mal, pois prefiro a batalha”. De fato, o piloto da Mercedes fez uma bela largada, superando o rival Max Verstappen e sustentando a ponta até a volta final.
No entanto, um acidente envolvendo o francês Nicholas Latifi, da Williams, associado às decisão do diretor de prova Michael Masi, fizeram a batalha entre Verstappen e Hamilton ser retomada na volta final, quando, com pneus melhores, o holandês se saiu melhor e faturou seu primeiro título mundial com a vitória nos Emirados Árabes Unidos.
Quem deu forças à especulação sobre uma possível saída de Hamilton da Fórmula 1 foi o chefe da Mercedes, Toto Wolff. O austríaco declarou: “Em uma visão humana, é tão difícil (continuar correndo), porque foi decepcionante. Fórmula 1 é só um esporte, coisas muito piores acontecem lá fora e não podemos cair na armadilha de pensar que isso é a coisa mais importante do mundo. Então, eu espero muito que Lewis continue correndo, porque ele é um dos melhores de todos os tempos. Como piloto, seu coração precisará falar ‘eu preciso continuar’, porque ele está no auge de seu ritmo”.
Quem também tratou do tema nesta semana foi Bernie Ecclestone, ex-chefão da categoria. O britânico revelou ter conversado com o pai do heptacampeão, Anthony Hamilton, que preferiu se esquivar de afirmações sobre o futuro de Lewis: “Falamos apenas de negócios. Eu acredito que se aposenta, que não vai correr no ano que vem. Sua decepção em Abu Dabi foi muito grande, e eu o entendo”, disse Ecclestone. As informações são do site Grande Prêmio e do jornal O Estado de S. Paulo.