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Brasil O que você ainda não sabe sobre o Pix e seus efeitos no mercado financeiro

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Banco Central afirma que punirá infratores no cadastramento das chaves. (Foto: Pixabay)

Três letras e um mundo de transformações para o mercado financeiro: o Pix, novo serviço de transferências instantâneas do Banco Central (BC), entra em vigor a partir de 16 de novembro e promete revolucionar o modo com que pagamentos e envio de dinheiro são feitos no Brasil. O sistema deve se tornar um concorrente de peso para TED, DOC, função débito e até para o crédito.

Entretanto, como ocorre com qualquer novidade, muitos clientes ainda tem dúvidas sobre como a tecnologia irá funcionar, como aderir e quais serão os benefícios. Para responder essas perguntas, especialistas do Banco Central, do Nubank e da Consultoria Roland Berger debateram o assunto.

Pix é gratuito e acessível

Em primeiro lugar, é necessário entender que, diferentemente das opções já existentes, o Pix será gratuito para pessoas físicas e irá funcionar 24 horas por dia e sete dias por semana. As transferências também chegarão à conta destino em questão de segundos e todo esse processo poderá ser feito pelo celular, dentro dos aplicativos bancários.

No caso das pessoas jurídicas, a transferência poderá ser cobrada – mas com uma taxa bem menor do que é hoje – a depender da instituição financeira da qual a empresa é cliente. Contudo, é importante ressaltar que o custo para os bancos e fintechs é irrisório: será cobrado R$ 0,01 a cada 10 transações.

Na visão do especialista, todos os serviços de transferências existentes possuem lacunas que não são mais compatíveis com o novo cenário de pagamentos no Brasil e os novos hábitos da população. “Se você olhar para os instrumentos que são eletrônicos hoje, todos eles têm deficiências expressivas em termos de velocidade, disponibilidade, custo e participação”, diz Brandt.

Atualmente, só é possível fazer uma transferência via Transferência Eletrônica Disponível (TED) ou Documento de Ordem de Crédito (DOC) em horário comercial, de segunda a sexta-feira. No segundo caso, o dinheiro só cai na conta no próximo dia útil, com valor máximo de envio de R$ 4.999,99. O custo também não é acessível, com ambas as opções cobrando taxas que podem chegar aos R$ 20 por transferência.

Dados pessoais

Outro fator que joga contra as atuais tecnologias de pagamento e envio de dinheiro é o processo para efetivar a transferência. O usuário deve enviar nome completo, CPF, agência e conta para o pagador, já que sem esse conjunto de dados não é possível fazer um TED ou DOC.

No novo serviço, o cliente pode escolher um desses dados ou um código aleatório que funcionará como uma ‘chave’ para a conta. Isto significa que para fazer um Pix, os usuários só precisarão de uma única informação da pessoa para a qual serão enviados os valores.

Para usar desse recurso é necessário fazer o cadastramento das chaves, que na prática significa escolher quais dados poderão ser usados para identificar sua conta. O cadastro começa oficialmente no dia 5 de outubro e as próprias instituições bancárias serão responsáveis por orientar os clientes nesse processo. Uma vez escolhida a chave, o registro é enviado ao Banco Central.

Já existem instituições que estão realizando o pré-cadastro dos clientes. É o caso do próprio Nubank, que criou uma aba ‘Pix’ dentro do aplicativo, em que o usuário poderá fazer a escolha de qual chave utilizar, entre nome, CPF, telefone, e-mail ou número da conta.

Competição

Todos os bancos, fintechs e plataformas de pagamentos com mais de 500 mil clientes ativos são obrigados a oferecer o Pix aos clientes. Já para as instituições que não possuem essa amplitude, a adoção é facultativa. Mesmo assim, a tendência é que mesmo as menores passem a ofertar o novo serviço, para não ficar para trás em termos de competição.

Quem ganha nessa dinâmica é o cliente. “Nós costumamos dizer que é a transformação da cadeia de valores dos pagamentos ou pelo menos o início dela”, afirma João Bragança, diretor sênior da consultoria Roland Berger. “Com o Pix, qualquer tipo de conta se torna um meio de pagamento. Veremos bancos tradicionais concorrendo diretamente com fintechs e carteiras digitais.”

O Pix também deverá encurtar o processo de pagamento. Hoje, para comprar um produto em uma loja, por exemplo, uma série de empresas estão envolvidas na transação, como as responsáveis pelas maquininhas de cartão, o próprio cartão e a bandeira.

Por meio do novo serviço, o usuário poderá fazer pagamentos em estabelecimentos comerciais através da leitura de um QR Code com o celular. “O Pix simplifica essa cadeia de valor e economiza custo”, declara Bragança.

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https://www.osul.com.br/o-que-voce-ainda-nao-sabe-sobre-o-pix-e-seus-efeitos-no-mercado-financeiro/ O que você ainda não sabe sobre o Pix e seus efeitos no mercado financeiro 2020-09-18
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