Segunda-feira, 07 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 15 de novembro de 2020
Autor de diversos livros focados em personagens, fatos e lugares de uma Porto Alegre que já não existe mais, o jornalista e escritor Rafael Guimaraens, 64 anos, acaba de lançar “1935” (Editora Libretos). Trata-se de sua primeira incursão no romance policial, tendo como pano de fundo a movimentada capital gaúcha de meados da década de 30.
São 336 páginas de uma trama movimentada, protagonizada pelo repórter gaúcho Paulo Koetz – um personagem real da cidade – em uma combinação de figuras e aspectos verídicos e fictícios. A narrativa se dá em torno da Exposição do Centenário da Revolução Farroupilha, evento internacional realizado em 1935 no Parque da Redenção e que foi um marco na história local.
Trechos
– “Em 10 minutos, o auto de praça estaciona na avenida João Pessoa, defronte ao antigo Anfitheatro Alhambra – que agora se chama Studio de Boxe Farroupilha, e logo será demolido para ali construírem o lago artificial da Exposição Farroupilha”.
– “Atravesso a rua e vou tomando pé do que aconteceu por ali. Há um drama de sangue instalado. Um automóvel invadiu a calçada e estaqueou sobre o gramado, deixando marcas de pneus no areião (…). Espio pela janela do Ford acidentado, placa 20-24. Há um cadáver estirado no banco traseiro, alguém muito jovem”.
O autor
Porto-alegrense nascido em 1956, Rafael Guimaraens tem 45 anos de carreira no jornalismo profissional. O currículo abrange as atividades de repórter e editor de periódicos que marcaram época, como o “Diário do Sul” e o antológico “Coojornal” (periódico assinado pela Cooperativa dos Jornalistas de Porto Alegre).
Já a trajetória como pesquisador e escritor premiado inclui resgates históricos como “O Espião Que Aprendeu a Ler” (2019), “Fim da Linha – O Crime do Bonde” (2018), “20 Relatos Insólitos de Porto Alegre” (2017), “O Sargento, o Marechal e o Faquir” (2016), “A Dama da Lagoa” (2013), “A Enchente de 41” (2011), “Rua da Praia – Um Passeio no Tempo” (2010), “Teatro de Arena – Palco de Resistência” (2009) e “Porto Alegre, Agosto de 1961” (2001). Todos têm a assinatura de sua própria editora, a Libretos.
(Marcello Campos)