Terça-feira, 15 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 3 de dezembro de 2020
O Centro de Comunicação Social do Exército informou que o comandante da Força Armada, general Edson Leal Pujol, foi diagnosticado com a Covid. Segundo a nota, Pujol deu entrada no Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília, no último sábado (28) para ser submetido a uma cirurgia e, quando fez o teste do coronavírus, o resultado foi positivo.
O texto oficial garante que o militar está “totalmente assintomático e seguindo em casa o protocolo de tratamento precoce sob orientação da equipe médica”.
Queda do cavalo
Pujol deu entrada no HFA porque no último fim de semana sofreu uma queda enquanto andava a cavalo e fraturou o fêmur. Ele já foi submetido à cirurgia.
“O Comandante do Exército tem passado bem e, em relação à fratura no fêmur, já caminha com o auxílio de andador e realiza fisioterapia três vezes ao dia, o que tem proporcionado muito bons resultados”, diz a nota.
Ainda segundo o Exército, o comandante tem mantido rotina de teletrabalho em sua residência.
Pujol sofreu a queda enquanto praticava equitação no Regimento Dragões da Independência.
Recentemente, declarações do comandante do Exército sobre o papel da instituição ganharam repercussão. Em um seminário promovido pelas Forças Armadas, no último dia 13, Pujol disse que o Exército não pertence ao governo e não tem partido político.
Foi na mesma linha do que havia dito na véspera durante uma transmissão ao vivo pela internet. Na ocasião, ele afirmou que os militares não querem fazer parte da política nem querem que a política entre nos quartéis.
O comandante do Exército expressou sua opinião na mesma semana em que o presidente Jair Bolsonaro defendeu o uso de “pólvora” para defesa da Amazônia.
Bolsonaro fez o comentário ao aludir ao fato de que Joe Biden, presidente eleito dos Estados Unidos, defendeu durante a campanha eleitoral sanções econômicas ao Brasil caso o país não detenha a destruição da floresta.
O pretenso uso de “pólvora” contra os EUA gerou uma série de críticas de parlamentares contra Bolsonaro e piadas nas redes sociais, algumas com o Exército como alvo.
Guedes
Apesar da tendência de crescimento de casos e mortes de covid-19 observado nos últimos dias, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse recentemente que a doença “cedeu” e negou que o país esteja passando por uma segunda onda de contaminações. Para o ministro, “parece” haver um repique, mas é preciso observar os dados.
“A doença desceu, é um fato. Alguns dizem agora ‘não, mas está voltando, (está havendo) segunda onda’. Espera aí. Nós tínhamos 1.300 mortes por dia, 1.200, 1.000, 900, 700, 500, 300… E agora parece que está havendo um repique. Mas vamos observar. São ciclos”, disse Guedes.