Terça-feira, 13 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 4 de janeiro de 2021
O aumento pela procura por procedimentos estéticos e o ácido hialurônico tem sido, nas últimas décadas, o produto mais utilizado para preenchimento facial e, como todo procedimento médico, ele também possui suas complicações, as quais podem ser precoces ou tardias.
As complicações mais comuns são edema (inchaço), hiperemia (vermelhidão) e equimose (ou hematoma), porém estas são autolimitadas e não requerem intervenções. Porém, temos algumas mais temidas, que são as vasculares, podendo gerar necrose tecidual com perda de tecido – gerando sequelas – e a injeção acidental intravenosa do medicamento, que pode causar obstrução de fluxo sanguíneo na região, que também podem necrosar o tecido.
Os sinais de complicações vasculares são imediatos, onde o tecido fica inicialmente pálido, seguido por um livedo reticular (aparência malhada e rendilhada da pele) e consequente isquemia, podendo causar bolhas, úlceras e necrose na pele. A complicação mais temida é a perda da visão por oclusão da artéria retiniana (da retina).
Para estas complicações que iniciam com palidez da pele ou áreas de cianose e perda súbita da visão, a Oxigenoterapia Hiperbárica está indicada precocemente de forma a minimizar a evolução para necrose, perda tecidual ou cegueira.
A Oxigenoterapia Hiperbárica (OHB) gera uma oxigenação do tecido local, independente do grau de comprometimento circulatório de forma a aumentar em até 6 vezes a concentração de oxigênio local, reduzir o edema (inchaço), a agregação plaquetária e viscosidade sanguínea, com efeitos semelhantes e sinérgicos à pentoxifilina, além de favorecer a melhora circulatória local de imediato.
A OHB promove, ainda, uma modulação da cascata inflamatória, levando à síntese de fatores de crescimento e promoção da cicatrização de feridas, bem como melhora pós-isquêmica e pós-inflamatória nas lesões de isquemia-reperfusão, de forma a agir também na oclusão de artéria retiniana o que se indicado nas primeiras 6 horas de ocorrências pode modificar o prognostico da visão.