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Carlos Roberto Schwartsmann Academia Brasileira de Letras??!!

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ABL completou 125 anos de existência nessa quarta (20). (Foto: Reprodução)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Escrevo como brasileiro comum. Acho que não é ousadia, como médico, não literato, abordar este tema.

Acho que a Academia Brasileira de Letras (ABL) deveria mudar de nome e se chamar Academia Brasileira dos Notáveis.

O estatuto da ABL estabelece que o candidato a uma das 40 cadeiras deve ser brasileiro nato e ter publicado, em qualquer gênero da literatura, obras de reconhecido mérito.

Importante e incompreensível: basta ter escrito um único livro!

Os imortais seriam escolhidos por escrutínio secreto.

Na verdade, o candidato deveria ser julgado pelo seu currículo literário e com voto aberto.

Olho no olho é a maneira mais fidedigna de construir a verdade. As regras de pontuação do currículo seriam pré-estabelecidas e todos poderiam, mais ou menos, graduar as notas merecidas e aferidas.

Mario Quintana tentou vaga na academia por três vezes, mas nunca conseguiu! Indicado pela 4ª vez denunciou “É pena que a casa fundada por Machado de Assis esteja tão politizada. Só dá ministro! ”

Junto com ele, foram esquecidos e injustiçados: Carlos Drummond de Andrade, Monteiro Lobato, Clarice Lispector, Graciliano Ramos e Erico Veríssimo.

Alguém já escreveu que a ABL é uma confraria misteriosa, apadrinhadora e politiqueira.

Até o presente momento ela imortalizou políticos como: Getúlio Vargas, José Sarney, Fernando Henrique Cardoso e Marco Maciel.

Imortalizou também pessoas excepcionais e notáveis como: Santos Dumont, Gilberto Gil e Fernanda Montenegro. Todos com minúsculo currículo literário.

É sabido que o candidato, para receber votos, necessita fazer uma romaria: um ritual de visitas a todos imortais votantes. É necessário provar que é de boa índole, fraterno, ameno e que haverá um convívio nos derradeiros anos sem discussões!

A nata cultural da sociedade brasileira, que tanto critica a teia política, se comporta da mesma maneira: com artifícios, interpretações distorcidas e conchavos debaixo da mesa.

Luiz Coronel, advogado, professor, compositor e escritor possui mais de 70 obras publicadas. Recebeu prêmios no Brasil, Espanha e México.

Lamentavelmente foi preterido no último pleito.

A eleição de Luiz Coronel a uma cadeira da ABL não é somente uma aspiração pessoal! Pelo unânime reconhecimento é uma aspiração de todo povo gaúcho.

Afinal: é ou não é, Academia de Letras??!!

 

Prof. Dr. Carlos Roberto Schwartsmann – médico e professor

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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Amigos de Alcolumbre agora culpam Pacheco
Prefeitos não aplicaram R$ 15 bi em educação e agora querem evitar punição
https://www.osul.com.br/academia-brasileira-de-letras/ Academia Brasileira de Letras??!! 2021-12-07
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