Terça-feira, 11 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 23 de fevereiro de 2022
O laboratório de Anatomia da UEA (Universidade do Estado do Amazonas) foi alvo de uma operação da PF (Polícia Federal) para combater o tráfico internacional de órgão humanos. Segundo as investigações, um professor da disciplina de Anatomia enviou uma mão e três placentas humanas plastinadas para Singapura, no sudeste da Ásia.
A plastinação é o procedimento técnico e moderno da preservação de matéria biológica, que consiste basicamente em extrair os líquidos corporais através de métodos químicos resultando em tecidos secos, inodoros e duráveis.
A operação Plastina foi deflagrada na manhã de terça-feira (22). Segundo a PF, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão: um na UEA e outro na casa do professor suspeito do crime.
Durante a operação também foi cumprido um mandado de afastamento de função pública. Os documentos foram expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Amazonas. Em nota, a UEA informou que um professor concursado da disciplina de anatomia foi afastado por 30 dias por suspeita de traficar órgãos humanos, após ordem da Justiça Federal.
De acordo com a instituição, foi realizada busca e apreensão pela Polícia Federal de um computador e de peças anatômicas tratadas por meio de plastinação, utilizadas como prática de ensino da disciplina, no laboratório de anatomia.
Segundo a PF, há indícios de que foi postada uma encomenda contendo uma mão e três placentas de origem humanas, de Manaus com destino a Singapura.
O destinatário é um famoso designer indonésio que vende acessórios e peças de roupas utilizando materiais de natureza humana.
A plastinação é o procedimento técnico e moderno da preservação de matéria biológica, que consiste basicamente em extrair os líquidos corporais (água e soluções fixadoras) e os lipídios, através de métodos químicos, substituindo-os por resinas plásticas como silicone, poliéster e epóxi, resultando em tecidos secos, inodoros e duráveis.
Se condenado, o investigado poderá responder, na medida de sua responsabilidade, pelo crime de tráfico internacional de órgãos humanos, com pena de até 8 anos de reclusão.
O nome da operação é uma alusão ao procedimento utilizado pelo investigado para conservar os órgãos traficados. As informações são do portal de notícias G1.