Sexta-feira, 20 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 16 de maio de 2015
Organizações favoráveis e contrárias ao aborto no Uruguai protagonizaram um debate em relação à situação de uma menina de 11 anos – que ficou grávida após ser estuprada por um homem de 41–, argumentando se a jovem deve ou não levar sua gravidez adiante, que já chegou na 15 semana. O movimento contra o aborto conhecido como Pro-Vida publicou um comunicado no qual rejeita as declarações de um grupo de seis ONGs (organizações não governamentais) de defesa dos direitos humanos que se pronunciaram a favor da interrupção da gestão.
“Temos uma mãe que está solicitando há semanas que a gravidez de sua filha seja interrompida”, disse o comunicado assinado pelo conjunto das seis organizações. O texto sugere que as autoridades já tinham conhecimento da situação antes do fim do prazo de 12 semanas de gestação, no qual é permitido o aborto no Uruguai, e que se estende para 14 semanas em casos de estupro.
O Pro-Vida denuncia que “as organizações promotoras do aborto adquiriram níveis alarmantes de autoritarismo” e alegam que a própria menina manifestou o desejo de levar adiante a gravidez. Além disso, a criança tem uma patologia psiquiátrica, o que vem alimentando ainda mais a polêmica no país sobre quem deve decidir sobre o futuro do feto.
Responsabilidade
A Justiça do Uruguai determinou a transferência da menina para o Inau (Instituto da Criança e do Adolescente do Uruguai), enquanto o aborto depende de uma resolução médica que contará com a opinião da própria criança e de sua mãe. Caso a gravidez seja levada adiante, o Inau deverá ser responsável pela menor e seu bebê.
O homem de 41 anos foi preso e está sendo processado “como autor de um delito contínuo de estupro”. A Justiça indicou que será realizado um teste de DNA para confirmar que o feto foi gerado pelo acusado. (EFE)