Domingo, 12 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 15 de abril de 2022
Os corpos de mais de 900 civis foram descobertos na região de Kiev, a capital da Ucrânia, após a retirada de forças russas, segundo o chefe da força policial local, Andriy Nebytov. Nebytov disse nesta sexta-feira (15), que os corpos haviam sido abandonados nas ruas ou enterrados de forma provisória.
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Segundo ele, dados policiais indicam que 95% das mortes foram causadas por atiradores de elite ou ferimentos de bala.
“Consequentemente, entendemos que durante a ocupação (russa), pessoas foram simplesmente executadas nas ruas”, disse Nebytov. Ele acrescentou que mais corpos vêm sendo encontrados diariamente, sob escombros e em valas comuns. “A maioria das vítimas foi encontrada em Bucha, onde há mais de 350 cadáveres”, afirmou Nebytov.
Fábrica
Duas semanas após retirar suas tropas de toda a região de Kiev e concentrar ataques na região leste da Ucrânia, a Rússia voltou a bombardear os arredores da capital ucraniana nesta sexta e anunciou uma nova ofensiva em toda a área. Durante a madrugada, explosões foram ouvidas nos arredores da cidade, e há pontos sem internet.
O Ministério também anunciou que “o número e a frequência de ataques com mísseis a instalações em Kiev aumentará”, em resposta ao que Moscou chama de “sabotagem de forças ucranianas em território russo”.
O Ministério da Defesa russo afirmou ter atacado com mísseis de cruzeiro uma fábrica de mísseis que fica no complexo militar e industrial de Vizar, em Vyshneve, no subúrbio de Kiev. O ataque aconteceu durante a madrugada, quando moradores da capital afirmaram ter ouvido explosões.
O anúncio acontece um dia depois de um dos maiores e mais famosos navios russos, o Moskva, ter afundado. Kiev afirma ter atingido a embarcação com ataques a míssil. Moscou nega e alega que um acidente com munições próprias danificaram o navio.