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Política Ministro mais citado na reunião que marcou os 100 dias do terceiro mandato de Lula, Fernando Haddad ganhou apoio do presidente em seu projeto de marco fiscal

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Presidente corroborou, publicamente, o compromisso com o texto elaborado pela equipe econômica que será encaminhado ao Congresso nas próximas semanas

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Presidente corroborou, publicamente, o compromisso com o texto elaborado pela equipe econômica que será encaminhado ao Congresso nas próximas semanas. (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Diante de toda a equipe ministerial, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva celebrou os primeiros 100 dias de mandato, completados nesta segunda-feira (10), com um longo discurso de uma hora e sete minutos de duração e um slogan: “O Brasil voltou”.

O presidente fez um pronunciamento marcado pela moderação, mas carregado de mensagens para dentro de seu próprio governo e de seus aliados políticos, para sua base de eleitores e, também, aos agentes financeiros, investidores e empresários do setor produtivo. Ao defender o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e seu projeto de marco fiscal, o presidente corroborou, publicamente, o compromisso com o texto que será encaminhado ao Congresso nas próximas semanas.

“Haddad, eu sei que, de vez em quando, você ouve algumas críticas. Tenho que elogiar você e a equipe que trabalharam, porque, certamente, em se tratando de economia, de política tributária, a gente nunca vai ter 100% de solidariedade”, destacou.

Entregas

O chefe do Executivo dedicou boa parte do discurso para listar as entregas do governo nestes 100 primeiros dias, a maioria voltada para as áreas sociais, caso da ampliação de programas como Bolsa Família, Minha Casa, Minha Vida, de alimentação escolar.

“Há pessoas que não precisam tanto do governo, setores médios da sociedade. É só a gente fazer a nossa reforma tributária justa para a classe média, porque eles precisam pouco da gente.” E emendou: “Os mais ricos não precisam. Os muito ricos, às vezes, precisam, porque sonegam ou não pagam o imposto necessário”.

Sobre as críticas que o Executivo vem recebendo por não ter definido com clareza o rumo que vai adotar na política econômica, o presidente defendeu o tom otimista: “Ninguém acredita no governo que acorda todo dia falando ‘ah… O PIB não vai crescer. Ah… Porque a economia não está muito boa. Ah… Porque o FMI disse tal coisa. Ah… Porque o Banco Mundial… Porque o mercado financeiro disse tal coisa’. Se a gente for governar pensando nisso, é melhor desistir”.

Democracia e golpismo

Todo o discurso foi pontuado com críticas e referências negativas ao seu antecessor, Jair Bolsonaro, culminando com a lembrança dos atos golpistas de 8 de janeiro, quando reforçou as mensagens de defesa da democracia e das instituições. “Sabemos o que o país passou de 2018 a 2022. Nunca antes um presidente os tratou com tanto desrespeito”, disparou. “Mas a democracia voltou. O Brasil voltou”, acrescentou.

O contraponto a Bolsonaro motivou até um comentário elogioso ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB-SP), a quem, hoje, chama de “companheiro”. “Eu recebi (em 2003) o governo de um presidente democrata, um companheiro que tinha uma história de luta neste país pela democracia, pelos direitos humanos. .”

Recomendações por investimentos e sustentabilidade

No discurso comemorativo dos 100 dias, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma série de recomendações aos ministros da área de infraestrutura, responsáveis pela atração de investimentos. Disse que recebeu dos governadores “uma lista de obras prioritárias” e prometeu retomar as que estão paradas ou em ritmo lento de execução.

O programa de investimentos em infraestrutura estará baseado em seis eixos, segundo o presidente: transportes, infraestrutura social, inclusão digital e conectividade, infraestrutura urbana, saneamento e transição energética.

“Vamos lançar editais para a contratação de energia solar e eólica que, somados, representarão capacidade de geração equivalente à de nossas maiores usinas hidrelétricas”, anunciou Lula. Ele também prometeu promover novos leilões para construção de linhas de transmissão. Revelou, ainda, a intenção de tornar o país uma “potência global do hidrogênio verde”.

A Petrobras será, no cenário apresentado por Lula, a indutora dos investimentos em pesquisa de combustíveis renováveis. A indústria naval terá forte incentivo da Transpetro, que retomará as encomendas de navios para a frota de transporte de petróleo e derivados.

O Minha Casa, Minha Vida voltará a ser um dos carros-chefe da indústria da construção civil, com a contratação de até dois milhões de moradias. Na infraestrutura urbana, prometeu investir “fortemente na melhoria das condições de habitação e vida das pessoas que moram em favelas, palafitas e outros locais precários.

Agro e meio ambiente

Ele dedicou atenção especial ao agronegócio — elogiou o “otimismo” do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro — e às políticas de sustentabilidade ambiental — com referência ao trabalho da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, de remontar a estrutura da pasta. Lula prometeu anunciar em maio os recursos do novo Plano Safra.

A agenda ambiental é uma das mais importantes frentes do governo para recuperar o protagonismo internacional, após quatro anos de isolacionismo diplomático do governo de Jair Bolsonaro. Por isso, o presidente vinculou o apoio ao agronegócio a práticas sustentáveis, à proteção dos biomas brasileiros e ao desenvolvimento de tecnologias para o setor.

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https://www.osul.com.br/ministro-reuniao-100-haddad-apoio-presidente/ Ministro mais citado na reunião que marcou os 100 dias do terceiro mandato de Lula, Fernando Haddad ganhou apoio do presidente em seu projeto de marco fiscal 2023-04-11
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