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Política Esposa de Mauro Cid admite em depoimento que usou certificado falso de vacinação

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Gabriela Cid prestou depoimento à Polícia Federal na tarde desta sexta-feira

Foto: Reprodução
Gabriela Cid prestou depoimento à Polícia Federal na tarde desta sexta-feira.(Foto: Reprodução)

A esposa de Mauro Cid, Gabriela Cid, admitiu em depoimento à Polícia Federal (PF) que usou certificado de vacinação falso. Gabriela responsabilizou o marido pela inserção dos dados falsos.

Gabriela Cid prestou depoimento nesta sexta-feira (19) em Brasília, no inquérito que apura suposto esquema de inclusão de dados falsos sobre imunização contra covid-19 em sistema do ConectaSus, do Ministério da Saúde. Os cartões de vacinação de Mauro Cid, de sua esposa e de sua família teriam sido fraudados, assim como o cartão do ex-presidente Jair Bolsonaro e de sua filha Laura.

Cid em silêncio

Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid ficou em silêncio durante seu depoimento na tarde dessa quinta-feira (18) na sede da Polícia Federal (PF), em Brasília. Preso desde o início do mês, após deflagração de operação da PF, o então braço direito de Bolsonaro é investigado no inquérito que apura suspeitas de fraude em certificados de vacinação.

Esta foi a segunda oitiva do tenente-coronel – na primeira oportunidade, também ficou em silêncio. Com isso, a estratégia da defesa é tentar negociar uma espécie de delação premiada, no objetivo de atenuar uma possível condenação do militar.

Este é o temor de parte dos aliados do ex-presidente. A preocupação cresceu após o advogado Rodrigo Roca deixar a defesa do militar na última semana. No entanto, o advogado Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação da Presidência, afastou qualquer receio. “O silêncio dele [Cid] é tecnicamente impecável”, argumentou Wajngarten.

“Se o laudo pericial no celular de Mauro Cid não foi anexado aos autos do inquérito, ele não pode se defender se não sabe do que está sendo acusado”, afirmou Wajngarten.

Operação Venire

A operação da PF contra o ex-presidente e alguns de seus principais auxiliares foi deflagrada no dia 3 de maio. Na ocasião, Cid também ficou em silêncio.

Segundo as investigações, as informações falsas que comprovariam a aplicação de vacinas no ex-presidente, na sua filha, Laura, no ex-assessor e em familiares, teriam sido inseridas no sistema do Ministério da Saúde e apagadas logo depois para gerar um certificado que seria utilizado em viagens internacionais.

Na terça-feira, em depoimento prestado à PF, Bolsonaro negou ter conhecimento da suposta fraude. Homem de confiança de Bolsonaro durante a gestão do ex-presidente, Cid teve o sigilo telemático e fiscal quebrado após decisões do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

O tenente-coronel também é considerado peça fundamental para esclarecer outros dois pontos: articulação sobre possível golpe de Estado após as eleições do ano passado e transações financeiras suspeitas envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Bolsonaro

Nesta quinta-feira, em visita ao gabinete do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) logo depois de o tenente-coronel deixar a sede da PF, o ex-presidente fez questão de se desvincular do ex-assessor e de qualquer eventual ilícito. A jornalistas, disse que pede “a Deus” para que o ex-auxiliar não tenha errado.

“Não tenho conversado com ele. [A investigação] está em segredo de justiça, apesar de vazar. Vi no rodapé de uma TV que ele [Cid] ficou em silêncio [em depoimento à PF]. Isso é ele com o advogado dele”, declarou. Após fazer elogios ao ex-ajudante de ordens, finalizou dizendo que “cada um siga a sua vida”.

 

 

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