Domingo, 07 de dezembro de 2025
Por Redação O Sul | 25 de janeiro de 2016
Em entrevista ao jornal equatoriano El Comercio, a presidenta Dilma Rousseff disse que “houve tudo, menos silêncio do Brasil” em relação à crise política na Venezuela. Ela embarca nesta terça-feira para Quito, capital do Equador, onde participará de cúpula da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) e terá um encontro com o colega equatoriano, Rafael Correa.
“Houve tudo, menos silêncio do Brasil em relação à Venezuela. Acompanhamos com muita atenção os acontecimentos no nosso vizinho, país irmão e com o qual mantemos excelentes e sólidas relações. E temos sido muito presentes e atuantes para contribuir com o diálogo em busca de soluções”, disse a petista, questionada sobre o silêncio em relação ao desrespeito de direitos humanos e prisão de opositores do governo de Nicolás Maduro.
Dilma admitiu que a Venezuela “vive momentos difíceis”, mas disse acreditar que a eleição da nova Assembleia Nacional venezuelana vai aprimorar o diálogo. “Temos a expectativa de que todos os atores políticos mantenham e aprimorem o diálogo e a boa convivência, que devem ser a marca das sociedades democráticas.”
A petista também foi questionada sobre a mudança no cenário político da América do Sul, com a eleição do presidente argentino Maurício Macri, um liberal, no lugar de Cristina Kirchner, com quem mantinha boa relação. Ela disse ver com “naturalidade a alternância de poder”. (AG)