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Por Redação O Sul | 29 de janeiro de 2016
A França proibiu menores de 18 anos de assistir ao polêmico documentário “Salafistas”, informou o Ministério da Cultura, por conter imagens de violência do Islamismo radical. Com imagens de execução e trechos de propaganda do Estado Islâmico, o filme estreou na quarta-feira no país.
Os cineastas François Margolin e Lemine Ould Salem já haviam apresentado uma nova versão do filme para a comissão de qualificação do Centro Nacional de Cinema, que se posicionara a favor da proibição para menores de idade. “Dada a decisão de exibir cenas e discursos de violência extrema, decidi apoiar a opinião da comissão”, declarou o ministro da Cultura do país europeu, Fleur Pellerin.
Charlie Hebdo
A versão inicial do filme não desfocava, em particular, a execução a queima-roupa do policial Ahmed Merabet. Ele foi vítima do ataque à revista satírica Charlie Hebdo, no ano passado.
Polêmica
Durante sua apresentação em um festival em Biarritz, uma comunidade no Sudoeste da França, o documentário virou alvo de polêmica por alguns críticos que o consideraram uma defesa ao terrorismo. A televisão francesa optou por não exibi-lo. O filme dá voz aos líderes políticos da Al Qaeda e a autoridades religiosas salafistas que a mídia ocidental nunca teve acesso, misturando com vídeos de propaganda jihadista.