Domingo, 22 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 21 de junho de 2025
No Brasil, 36% das famílias destinam metade ou mais de sua renda mensal ao pagamento de energia elétrica e combustíveis utilizados no preparo de alimentos. Os dados são de pesquisa realizada pelo Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec), encomendada pelo Instituto Pólis.
O levantamento aponta ainda que 84% da população considera que a energia elétrica deveria ser garantida pelo Estado por se tratar de um direito fundamental. Nesse sentido, a partir de 5 de julho, entra em vigor a Medida Provisória que amplia a gratuidade no consumo de até 80 quilowatts-hora (kWh) por mês para beneficiários da Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE).
Atualmente, o desconto de 65% já é previsto na conta de quem consome até 30 kWh por mês. A estimativa do Governo Federal é beneficiar cerca de 60 milhões de famílias em todo o país, incluindo mais de 5,42 milhões de pessoas no Ceará. A medida precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional em até 120 dias para se tornar permanente.
Embates
Enquanto o governo Lula estuda caminhos para reverter o aumento da conta de luz – após a votação de derrubada de vetos presidenciais no Congresso — o assunto ganhou as redes sociais de políticos.
Dessa vez, a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) foi quem se adiantou e compartilhou um vídeo para expor votos da oposição e do centrão que contribuíram para encarecer as contas.
Na gravação, a parlamentar afirma que deputados e senadores de oposição “votaram contra o povo” ao acrescentarem emendas durante votação sobre o projeto de lei para regulamentação da energia eólica offshore.
Segundo apuração do portal CNN, o governo federal calcula impacto de meio trilhão de reais às contas públicos nos próximos 15 anos.
Hilton relembra a votação de outras medidas onerosas aprovadas pelo Congresso, como a taxação de compras internacionais.
Sem citações nominais, a deputada fez críticas ao deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), conhecido pelo compartilhamento de vídeos contra o governo.
Com milhares de seguidores em seus respectivos perfis nas redes sociais, os parlamentares já haviam protagonizado um embate de vídeos ao tratar da polêmica sobre mudanças no Pix.
Nikolas, por sua vez, disse que não foi contra o veto de Lula que impede o aumento da conta de luz.
“Fui a favor da manutenção do veto e isso pode ser facilmente visualizado no site do Congresso Nacional. Mesmo sendo opositor ao Lula, votei para manter o seu veto, simplesmente por coerência. E no fim das contas os que mais me acusam de fake news, são os que mais fazem contra mim”, disse o deputado do PL.
Ao todo, 347 deputados e 48 senadores não apoiaram a manutenção do veto.
No PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sete senadores e 63 deputados foram favoráveis à queda do veto. O que foi acompanhado pela base do governo: no PCdoB, foram sete deputados; no MDB, foram dez senadores e 28 deputados; no PSB, um senador e dez deputados; no PSD, 11 senadores e 33 deputados; no União Brasil, dois senadores e 39 deputados. As informações são do portal CNN.