Quinta-feira, 26 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 25 de junho de 2025
Em carta enviada a ministérios, entidade destaca necessidade de agilidade nas negociações com países que mantêm embargos após caso de gripe aviária
Foto: DivulgaçãoO Sistema FIERGS enviou, nesta semana, ofícios a três ministérios do governo federal solicitando apoio para a retomada integral das exportações de carne de frango e ovos do Rio Grande do Sul. Os documentos foram encaminhados ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), ao Ministério das Relações Exteriores (MRE) e ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). A ação busca acelerar as negociações para a reabertura de mercados que impuseram restrições aos produtos gaúchos, mesmo após o fim do período de vazio sanitário, em 18 de junho.
Assinado pelo presidente do Sistema FIERGS, Claudio Bier, o documento cobra uma ação diplomática para a resolução do caso. “É fundamental que o governo federal articule diplomaticamente de forma estratégica e diferenciada para a urgente retomada dos fluxos de comércio”, afirma.
A mobilização ocorre após o Rio Grande do Sul ter superado o primeiro foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAPP) em uma granja comercial, registrado no município de Montenegro, em 16 de maio. O caso desencadeou uma resposta das autoridades sanitárias, com adoção de medidas de controle e erradicação bem-sucedidas. Durante o período de 28 dias de vazio sanitário, nenhum novo caso foi registrado em granjas comerciais brasileiras. Segundo os protocolos da Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA), a situação permite que o Brasil retome o status de livre da doença. Apesar disso, existem países que ainda não retiraram restrições à compra de produtos avícolas do estado.
A FIERGS entende que a resposta ágil, a transparência e a seriedade do setor privado e das autoridades foram essenciais para consolidar a imagem do Brasil como um fornecedor de alta segurança alimentar no setor avícola.
O Rio Grande do Sul é o terceiro principal exportador de carne de frango no país. O ramo de abate de aves do RS vendeu, em 2024, 708,8 mil toneladas, destinadas a 132 países, gerando receitas de US$ 1,3 bilhão. O segmento figura como segundo maior empregador da indústria de transformação gaúcha, e concentra 12,2% dos empregos na indústria avícola brasileira.