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Colunistas Terceira Guerra Mundial: risco permanente e improvável

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Ao longo de 8 décadas, o mundo cuidou de restringir o avanço nuclear através de medidas reguladores e, muitas vezes, de retaliação

Foto: Reprodução
Ao longo de 8 décadas, o mundo cuidou de restringir o avanço nuclear através de medidas reguladores e, muitas vezes, de retaliação. (Foto: Reprodução)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Mais uma vez, acordamos sob a surrada especulação da iminência da deflagração da Terceira Guerra Mundial pairando sobre nossas cabeças. Um sentimento que incomoda a humanidade desde o fim da Segunda Guerra (1945), notadamente após os incidentes atômicos de Hiroshima e Nagazaki, que levaram o Japão à rendição.

A partir de então, acredita-se que o novo conflito mundial – se houver – não será convencional mas atômico e que os arsenais à época poderão ser potentes e capazes de destruir o planeta e tudo o que nele existe, inclusive a população.

Ao longo das 8 décadas, o mundo cuidou de restringir o avanço nuclear através de medidas reguladores e, muitas vezes, de retaliação. O ataque que o presidente norte-americano Donald Trump promoveu ao Irã no último final de semana, bombardeando suas instalações nucleares, está dentro desse escopo. Impedir que o país islâmico conclua a construção da bomba atômica e a empregue contra inimigos da época.

O conflito que faz pano de fundo para os atuais acontecimentos no Oriente Médio é mais da mesma rivalidade entre os dois povos. Já aconteceram várias guerras e desinteligência entre árabes e judeus, e outras ainda deverão ocorrer. Quem paga caro é o mundo consumidor de combustíveis e energia, que vê o mercado volatilizar-se e tem de pagar elevados preços por conta da guerra. Aquilo que ocorreu em 1973 e se repetiu na ocasião de outras desinteligências no Oriente Médio tende a ocorrer novamente. Devemos nos preparar.

Em princípio, não cremos na Terceira Gerra Mundial, pois se ocorrer com as novas tecnologias, não sobrará ninguém vivo. Nos anos 40, pouco antes de morrer, o escritor Monteiro Lobato disse que o mundo encontraria a paz quando todos os países tivessem sua bomba atômica, pois se respeitariam. Mas as políticas nucleares, em vez de armar a todos, estabeleceu restrições que nem sempre são bem observadas. O átomo é cultivado para fins pacíficos, mas há desconfianças de seu emprego clandestino para fins bélicos. Caso do Irã, país islâmico detentor de muitos inimigos.

O Brasil, infelizmente, está metido na questão iraniana, por conta da fala do presidente Lula que apoia o país dos aiatolás e – não sabemos se verdade ou mentira – é acusado de ter fornecido clandestinamente material atômico para aquele país. As investigações já requisitadas esclarecerão a questão.

Toda nação tem direito a alinhar-se conforme sua vontade. Durante décadas, o Brasil optou ela neutralidade. Isso rendeu boa amizade com praticamente todo o mundo. Recentemente, no entanto, Lula tem criticado Israel (o que já rendeu um incidente), cultivado diferenças com Trump e agora aproveita o incidente com o Irã para tentar obter mudanças na ONU (Organização das Nações Unidas). Tem o direito de fazê-lo, mas deve raciocinar se isso é bom o para o país e principalmente para a população.

Precisamos voltar aos tempos pacíficos e, inclusive, evitar as políticas extremadas, sejam elas de esquerda, de centro ou de direita. Ainda somos uma sociedade em construção e necessitamos de parcerias das mais diversas. E não será com alinhamento ou radicalismos que vamos encontrar o nosso caminho da paz, do desenvolvimento e do bem-estar. Em vez de importar desavenças alienígenas, o melhor seria tentarmos construir a paz interna e colocar nosso País – o maior da América do Sul em economia e território – em boas condições para liderar nossa região e contribuir com o bem-estar da comunidade sul americana ou, se possível de toda a América Latina.

As “brigas” de Israel, Irã, Ucrânia, Rússia, Estados Unidos e do mundo em geral não são nossas. Devemos nos conter para que os objetivos de país líder se cumpram e um dia possamos fazer parte dos pesos e contrapesos da estabilidade mundial. Jamais torcer pela 3ª Guerra Mundial porque, diferente da Primeira (1914-18) e da Segunda (1939-45), que milhares de combatentes voltaram como heróis aos seus países, na Terceira, não só os combatentes, mas toda a população mundial poderá resultar morta.

Os países envolvidos, seus aliados e os organismos internacionais tem uma grande tarefa a cumprir nos próximos dias, meses e talvez anos: promover a paz e o entendimento entre os povos.

* Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves

 

 

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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