Sábado, 06 de dezembro de 2025
Por Redação O Sul | 5 de dezembro de 2025
A balança comercial registrou superávit de US$ 5,8 bilhões em novembro, com US$ 28,5 bilhões em exportações e de US$ 22,7 bilhões em importações. Os embarques cresceram 2,4%, e as compras externas, 7,4%. No acumulado do ano, as exportações somaram US$ 317,8 bilhões, com alta de 1,8%, e as importações, US$ 260 bilhões, com alta de 7,2%, sempre ante igual período de 2024.
O resultado foi 13,4% menor do que o registrado no mesmo período de 2024. No mesmo período, porém, as vendas brasileiras para os Estados Unidos registraram queda de 28% em relação a novembro do ano passado, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior.
As exportações somaram US$ 28,5 bilhões, alta de 2,4% na comparação anual. O principal destaque foi a soja, que cresceu mais de 60% e liderou as vendas brasileiras no mês, seguida pela carne bovina e por produtos da indústria, como aeronaves e itens de aço. Esse desempenho foi puxado sobretudo pela China, que ampliou em 41% as compras de produtos brasileiros, especialmente soja, petróleo e proteína animal.
Principais destaques de exportação em novembro:
– Soja;
– Carne bovina;
– Petróleo bruto (com variações regionais);
– Aeronaves e componentes;
– Produtos siderúrgicos.
Do lado das importações, o Brasil gastou US$ 22,7 bilhões, 7,4% a mais do que em novembro do ano passado. As compras se concentraram em combustíveis, máquinas e motores, equipamentos de informática, medicamentos e outros insumos industriais, que representaram a maior parte do aumento das importações.
Produtos mais importados em novembro:
– Combustíveis e derivados;
– Máquinas e motores industriais;
– Computadores e equipamentos eletrônicos;
– Medicamentos e insumos hospitalares.
A relação comercial com os Estados Unidos, porém, seguiu em sentido contrário. As exportações brasileiras para o mercado americano despencaram 28%, o equivalente a uma queda de US$ 1 bilhão, devido à menor demanda por petróleo bruto, café, suco de laranja, açúcar e madeira. No ano, a retração chega a 6,7%.
Enquanto isso, as importações vindas dos EUA cresceram 24,5%, impulsionadas por combustíveis, máquinas industriais, computadores e medicamentos – produtos de maior valor agregado que aumentam o gasto brasileiro na relação bilateral.
Com o impulso das vendas para a China e o bom desempenho do agronegócio, o país conseguiu compensar a queda no comércio com os Estados Unidos e fechar novembro com saldo positivo. No ano, o superávit acumulado chega a US$ 57,8 bilhões. As informações são do jornal O Globo.