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Saúde Se apaixonar por mais de uma pessoa pode ser explicado por reações químicas no cérebro

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Nunca se ama dois ou mais indivíduos pela mesma razão. (Crédito: Reprodução)

Parece coisa de novela, mas, às vezes, a vida real apronta e, sem esperar, alguém comprometido se apaixona por uma nova pessoa e se vê dividido entre dois amores. Se essa trama é uma das mais legais de acompanhar na ficção, fora dela, a situação é bem mais complicada do que emocionante. O conflito pode causar muito sofrimento às partes envolvidas, já que optar por uma ou outra paixão é uma escolha complexa, que precisa da ponderação de diversos fatores.

“Quando uma pessoa fica confusa sobre quem ama, é porque cada um proporciona a ela coisas diferentes, mas igualmente boas. Por isso, ela não sabe decidir o que pesa mais”, explica a psicóloga de casais Daniela Ervolino.

De acordo com o psiquiatra e psicoterapeuta Alfredo Castro Neto, a paixão por duas ou mais pessoas se explica por reações químicas no cérebro, já que encantar-se por alguém provoca uma descarga de dopamina nos gânglios basais, estruturas associadas a emoções primitivas. No entanto, o médico diz que amar verdadeiramente mais de um é improvável, já que a ligação afetiva depende do córtex pré-frontal, área responsável pelo amadurecimento dos sentimentos e pelo controle dos impulsos, e de outro neurotransmissor, a endorfina.

Poliamor.

Envolvidos com várias paixões, há aqueles que se desobrigam em ficar com uma só. É o caso de quem vive o poliamor e mantém mais de um relacionamento ao mesmo tempo.

Como nunca se ama dois ou mais indivíduos pela mesma razão, para escolher um deles, é preciso ver com quem se tem mais afinidades, orienta Daniela. “Se não for comum acordo ter um relacionamento aberto, a pessoa apaixonada por mais de um se sente culpada e envolta em mentiras, se já mantiver um amante e um parceiro oficial. Para acabar com o conflito, ela vai ter que tomar a decisão se fica com um ou outro ou nenhum, e, para isso, é preciso pesar o que é prioridade naquele momento.”

Segundo Castro Neto, exercitar o pensamento crítico, o senso de julgamento e o poder de antecipação de situações é essencial para fazer a escolha certa. “A pessoa tem que fazer uma autoavaliação adequada. Deve centrar-se em si mesma e procurar conversar sobre o problema com quem ela tem confiança”, aconselha.

Já para a psicanalista e escritora Regina Navarro Lins, modelos de relacionamento que não exigem tal decisão, como o poliamor, tendem a se tornar mais comuns. “As mentalidades estão mudando. O amor romântico, que prega a fusão entre os amados, está dando sinais de que vai sair de cena e levar com ele a exigência de exclusividade”, diz a especialista, que atribui isso à valorização das individualidades. “Não é que um modelo vai substituir o outro [tradicional], mas cada um deve escolher a melhor forma de viver.” (AG)

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