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Por Redação O Sul | 10 de maio de 2016
A presidenta Dilma Rousseff recebeu na noite de domingo (08) a informação de que havia uma tendência de que o presidente da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), anulasse a sessão em que 367 parlamentares aprovaram a continuidade do processo de impeachment da petista.
O portador do recado foi o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, que havia se reunido pouco antes com Maranhão e com o governador Flávio Dino (PCdoB-MA). O próprio governador, que é juiz federal, admitiu ter aconselhado o conterrâneo. Cardozo também reconheceu o encontro, mas negou que Maranhão tenha antecipado o conteúdo de sua decisão já no domingo. Aliados, no entanto, desmentem essa versão. O deputado não debateu o ato em que anulou a sessão com o corpo técnico da Câmara nem com seus advogados.
Maranhão teve um primeiro encontro com Cardozo na sexta-feira (07). Nessa conversa, o ministro da AGU (Advocacia-Geral da União) sugeriu que o presidente interino da Câmara despachasse o recurso dele, que estava parado na Câmara. A peça pedia a suspensão da sessão que aprovou o impeachment na Câmara.
Maranhão teria indicado já ali que estava disposto a tomar uma decisão sobre o tema. No fim de semana, o pepista se reuniu com Dino. O governador deu, segundo interlocutores de Maranhão, as bases jurídicas para que ele acatasse o recurso. No domingo, os dois viajaram juntos de São Luís para Brasília.
Quando chegaram à capital federal, Cardozo se juntou ao grupo. Ele entregou a Maranhão um roteiro dos seus questionamentos. Nesta segunda-feira (09), a decisão do presidente da Câmara trazia exatamente os argumentos apresentados por Cardozo. (Folhapress)