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Armando Burd Onde estão os números?

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Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Os candidatos que disputam hoje o 2º turno mantiveram-se, mais uma vez, distantes do orçamento de seus municípios, peça indispensável para comprovar a viabilidade das promessas. Em compensação, a maioria dos eleitores criou anticorpos para truques mais baratos dos marqueteiros. O vício vem de longe: no século 5º antes da Era Cristã, o filósofo Platão denunciava o problema da manipulação da vontade popular.

PARA COMPARAR

Aos que criticam o voto eletrônico, cabe lembrar o que ocorria no tempo da cédula de papel: urnas desapareciam, atas eram falsificadas, a contagem demorava semanas e o resultado era contestado pelos perdedores.

CARTÃO VERMELHO

De um observador da época em que os relógios tinham ponteiros: “Atualmente, muitos dos eleitos lembram os craques do futebol, porque gostam de tabelinha e mudam rapidamente de posição.”

CAUSA REVOLTA

A presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, cassou a liminar que obrigava o governo do Rio de Janeiro a pagar os salários dos servidores no terceiro dia útil do mês seguinte. A decisão vale para todos os Estados.

NÃO PARA DE SUBIR

Ou o País aproveita o momento e controla a despesa pública ou perderá nova chance de conter o endividamento que leva a juros astronômicos. Até às 22h de ontem, a rolagem da dívida neste ano estava custando 331 bilhões e 849 milhões de reais. É mais do que a soma dos orçamentos dos Ministérios da Saúde e da Educação para 2016.

FÓRMULA ANTIGA

“O problema financeiro é, no consenso geral, o grande problema nacional.” Frase de Campos Salles, presidente da República de 1898 a 1902, que começou a gestão aumentando impostos, fórmula com incontáveis seguidores. Criou a Lei do Selo para taxar a circulação de mercadorias, resultando no aumento dos preços. Por isso, passou a ser chamado de Campos Selos.

SEM EFEITO

A 30 de outubro de 1986, o governo federal lançou nova tabela de valores dos produtos de consumo na tentativa de manter a inflação sob controle. O presidente José Sarney declarou que “era proibido falar em descongelamento de preços”. Esforço inútil. O aumento veio a galope.

RÁPIDAS

* Porto Alegre escolhe hoje o nono prefeito pós regime militar e o 44º de sua história. O que ficou mais tempo no poder foi José Montaury: de 1897 a 1924.

* O voto sempre foi e será o melhor caminho para a construção de um País justo e democrático, vetando políticas públicas distantes do bem comum.

* Depois das eleições, começará a mobilização nacional contra o foro privilegiado, benefício para maus políticos.

* Até as ditaduras mais sanguinárias dispõem de um partido para chamar de seu. Os regimes comunistas deram o exemplo.

* A partir de amanhã, de tanto consumo, vai faltar chope nas mesas de bares em que o assunto será composição do secretariado.

* Conselho incluído no Manual do Candidato Eleito: quem bebe água não deve esquecer quem fez o poço.

* Depois do resultado, alguns dos vencedores repetirão o cineasta Glauber Rocha: “Não me exijam coerência.”

* O famoso ventríloquo norte-americano Edgard Bergan e seu boneco Mac Carthy aprenderiam muito com o que acontece nos bastidores da política brasileira.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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