Por Redação O Sul | 6 de julho de 2017
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O governo federal precisa revelar de quem foi a ideia de reduzir o orçamento da Polícia Rodoviária Federal. Inclui, desde ontem, a suspensão do serviço de escolta de cargas superdimensionadas e de resgate aéreo; a redução do patrulhamento e a desativação de unidades operacionais.
No ano passado, ocorreram 20 mil e 994 acidentes graves em rodovias federais com 21 mil e 439 feridos e 6 mil e 405 mortos. A desmobilização da Polícia fará aumentar esses números. A medida absurda significa também que os traficantes de drogas e armas, constantemente flagrados, terão pista livre.
NÃO PODE DAR CERTO
1) Dos tributos arrecadados no País, o governo federal fica com 68 por cento e os Estados recebem apenas 25 por cento.
2) De janeiro a maio deste ano, as despesas da administração federal foram reduzidas em 1 por cento. Circunstância que se reflete em obras paralisadas e cortes nas áreas de saúde, educação e segurança pública.
3) No mesmo período, as receitas caíram 3,3 por cento.
FALTA QUALIDADE AOS GASTOS
O governo federal chegará ao final do ano tendo pago mais de 400 bilhões de reais só de juros para rolar sua dívida. Dinheiro que sai do bolso dos contribuintes de impostos para satisfação dos banqueiros.
Na conta está embutida a explosão de despesas ao longo de décadas. Economistas afirmam que a cada 50 bilhões de reais em compras públicas, realizadas anualmente pelo governo federal, um quarto fica na coluna do desperdício. Diferentemente do combate à corrupção, a ineficiência nos gastos públicos se mantém, merecendo até aqui pouco controle, apesar de lançar ao ralo bilhões de reais.
COM PRESSA
A Assembleia Legislativa costuma andar devagar nas votações ao longo dos semestres. Quando se aproxima o recesso, como agora, aperta o pé no acelerador com sessões extraordinárias para que o balanço não revele a lentidão.
NO TIME DO CARROSSEL
O deputado federal Sérgio Zveiter, relator na Comissão de Constituição e Justiça do processo contra o presidente Michel Temer, é rodado: elegeu-se em 2010 pelo PDT, reelegeu-se em 2014 pelo PSD e desde o ano passado está no PMDB.
MEMÓRIA
Está sendo lançado o livro “Oswaldo Aranha – Uma Fotobiografia”. O autor é Pedro Corrêa do Lago, pesquisador, economista e neto de Oswaldo. Não se trata apenas de homenagem familiar, mas também de um precioso resgate do político e diplomata nascido no Alegrete em 1894.
Para ressaltar a figura histórica, basta lembrar três episódios: 1) sua participação decisiva na Revolução de 1930, que levou Getúlio Vargas à Presidência da República; 2) costurou o alinhamento do Brasil às forças aliadas e não a Hitler e Mussolini, como Getúlio ensaiava fazer; 3) presidiu a Assembleia Geral da ONU que determinou a Partilha da Palestina e a criação do Estado de Israel.
MOTIVO
A população começa a entender que o Estado brasileiro não foi criado para lhe servir, mas para atender a privilégios de grupos organizados. Uma minoria.
QUESTIONÁRIO
O País tem 60 mil políticos com mandato. Quantos sabem examinar os orçamentos dos governos federal, estaduais e municipais?
É O PREÇO
A torneira das emendas parlamentares vai jorrar dinheiro à medida em que se aproximar o julgamento do processo do presidente Temer na Câmara dos Deputados.
FALTA SER APROVADA
O Brasil levará a medalha de ouro se conseguir incluir, na próxima Olimpíada, a modalidade esportiva País Virado ao Avesso.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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