Sexta-feira, 28 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 24 de janeiro de 2018
O DMLU (Departamento Municipal de Limpeza Urbana) recolheu aproximadamente seis toneladas de lixo no Centro de Porto Alegre, entre as 23h30min de terça-feira (23) e as 4h desta quarta-feira (24), após a realização de manifestações em apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, julgado pelo TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), na Capital.
A informação foi divulgada nesta quarta-feira pela prefeitura de Porto Alegre. Houve a varrição da Esquina Democrática, avenida Borges de Medeiros, rua dos Andradas, rua Uruguai, Largo Glênio Peres e do entorno do Paço Municipal. Cerca de 20 garis trabalharam na execução da limpeza.
Para o secretário Ramiro Rosário, o volume de material recolhido ocorre pela falta de cuidado em descartar corretamente os resíduos. “Um outro mundo só será possível quando cada um puxar para si a responsabilidade de cuidar dele e parar de delegar ou esperar que os outros façam. A começar pela mais básica das ações: não jogar lixo não chão”, afirmou.
Atos
Em um ato realizado na terça-feira, na Esquina Democrática, o ex-presidente Lula fez um discurso político para seus apoiadores, na véspera do julgamento do seu recurso no TRF-4. O petista afirmou que só falaria sobre o Brasil e não sobre o seu processo porque, segundo ele, a defesa já provou sua inocência.
“Se eu fosse a tranqueira que eles falam. Tranqueira por tranqueira, eles arrumaram o Temer, arrumaram o golpe. Eles sabem que nós sabemos cuidar do povo brasileiro. Não posso me conformar com o complexo de vira-lata que tomou conta do País”, disse o ex-presidente, que em seguida criticou uma “elite subserviente que quer falar grosso com a Bolívia e como um gatinho com os Estados Unidos”.
“Teve um momento em que o PT ficou com medo. Toda vez que a gente fica com medo o adversário cresce”, disse o ex-presidente. Lula declarou aos manifestantes que falaria do Brasil, e não de seu processo, por três motivos: “Primeiro, porque eu tenho advogados competentes que já provaram minha inocência”. “Segundo, porque eu acredito que aqueles que vão votar deverão se ater aos autos do processo e não às convicções políticas de cada um. Terceiro, porque eu tenho vocês com quem eu convivo há mais de 40 anos e vocês sabem da minha inocência.”
Na tarde de terça-feira, a ex-presidente Dilma Rousseff defendeu que seu antecessor e colega de partido “não é um radical”. “O Lula não é um radical, só não é uma pessoa que negocia suas próprias convicções”, disse.
Dilma falou por cerca de meia hora em um carro de som estacionado em frente à Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, durante um evento de mulheres em defesa da candidatura de Lula. O ato estava previsto para ocorrer no Auditório Dante Barone, dentro da Assembleia, mas uma queda de luz impediu a realização do evento no local.