Quarta-feira, 12 de novembro de 2025

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Brasil O Conselho Nacional de Justiça abriu processo disciplinar contra desembargadora que postou mensagem dizendo que o ex-presidenciável Guilherme Boulos “será recebido a bala”

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No ano passado, Marilia fez acusações infundadas contra a vereadora assassinada Marielle Franco. (Foto: Reprodução)

O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) abriu um novo procedimento disciplinar contra a desembargadora Marilia Castro Neves por ela ter postado mensagens contra o ex-candidato à Presidência da República Guilherme Boulos (PSOL-RJ) em uma rede social.

Em seu perfil no Facebook, ela compartilhou uma foto do político e líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), acompanhada da mensagem: “A tristeza no olhar de quem vai ser recebido à bala depois do decreto do presidente Jair Bolsonaro”.

Na ação, o CNJ pede providências e dá prazo de 15 dias para que ela se manifeste sobre o assunto. O órgão se baseou em notícias sobre as menções de Boulos por neves veiculadas na internet.

O conselho cita que ela também é alvo de outros cinco procedimentos disciplinares “em que se atribui o uso de redes sociais, em tese, contrários aos princípios que norteiam a conduta do magistrado”.

No ano passado, Marilia Castro Neves escreveu que a vereadora assassinada Marielle Franco “estava engajada com bandidos” e questionou o que uma professora portadora de síndrome de Down poderia ensinar.

A coluna não conseguiu contato com a desembargadora até a conclusão deste texto. Em seu perfil no Facebook, ela disse que considera as reações contrárias ao seu comentário um tipo de “censura”.

“É muito importante que lutemos contra esse tipo de censura – esse, sim, um discurso de ódio. Não tanto por mim, mas pela garantia do sagrado direito de expressão!!! Se me calarem hoje, amanhã todos estaremos calados!!!”, postou ela.

Guilherme Boulos ainda pretende entrar com uma representação no CNJ contra a desembargadora Marilia Castro Neves. A ação também será protocolada no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, onde ela atua.

​”Juízes não devem se manifestar sobre questões políticas, para garantir a imparcialidade no poder judiciário como um todo”, afirma o advogado de Boulos, Alexandre Pacheco Martins.

“Há um provimento do corregedor-geral de Justiça reiterando isso, que foi ressaltado muito por conta das postagens anteriores dessa desembargadora”, emenda Martins.

Declaração infeliz sobre Marielle

Em março do ano passado, na mesma semana em que a vereadora Marielle Franco foi assassinada, Marilia Castro Neves postou nas redes sociais que a parlamentar “estava engajada com bandidos”.

Afirmou, ainda, que o “comportamento” dela, “ditado por seu engajamento político”, foi determinante para a morte. E que há uma tentativa da esquerda de “agregar valor a um cadáver tão comum quanto qualquer outro”.

A magistrada fazia um comentário abaixo de um texto postado pelo advogado Paulo Nader na rede social em que afirmava entender a comoção gerada pela morte de uma “lutadora dos direitos humanos e líder de uma população sofrida”.

A desembargadora então postou o seguinte texto: “A questão é que a tal Marielle não era apenas uma ‘lutadora’, ela estava engajada com bandidos! Foi eleita pelo Comando Vermelho e descumpriu ‘compromissos’ assumidos com seus apoiadores. Ela, mais do que qualquer outra pessoa ‘longe da favela’ sabe como são cobradas as dívidas pelos grupos entre os quais ela transacionava.”

E prosseguiu: “Até nós sabemos disso. A verdade é que jamais saberemos ao certo o que determinou a morte da vereadora mas temos certeza de que seu comportamento, ditado por seu engajamento político, foi determinante para seu trágico fim. Qualquer outra coisa diversa é mimimi da esquerda tentando agregar valor a um cadáver tão comum quanto qualquer outro”.

 

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