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Armando Burd O que mais esperar?

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O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, está entre os homenageados. (Foto: Moreira Mariz/Agência Senado)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

O Senado chegou no final de semana ao grau máximo de autodepreciação em sua história de 194 anos.
Caberá aos parlamentares, nos próximos meses, a atribuição constitucional de votar reformas vitais. O sistema tributário, dos mais complicados do mundo, faz diminuir a arrecadação. É dinheiro que falta para a prestação de serviços públicos. A Previdência Social está com rombos crescentes, correndo o risco de não ter mais condições de pagar aposentadorias e pensões.

Os senadores não conseguiram conduzir com serenidade a escolha do presidente da mesa diretora. Que condições terão de decidir sobre os destinos do país?

Que vexame!

A vitória foi do candidato surpresa Davi Alcolumbre e da articulação do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que lançou o senador do DEM do Amapá.

Politicalha perde a batalha

Renan Calheiros, antiga raposa da política brasileira, não conseguiu retomar o comando do Senado, que tanto pretendia. Quando sentiu que estava perdido na corrida, renunciou. Gesto feio.

Show da incompetência

Numa maquininha, senadores trituraram ontem as cédulas da primeira votação e a paciência dos brasileiros.

Nem no Jardim de Infância

“Pela ordem” foram as duas palavras mais repetidas durante as sessões plenárias do Senado. Tentativa frustrada de acabar com a desordem ou, melhor dizendo, a esculhambação.

Dúvida profunda

A maioria dos senadores deve ser apresentada ao Padre Antônio Vieira. Em 1655, no Sermão da Sexagésima, disse: “Palavras sem obras são tiros sem balas. Atroam, mas não ferem.” Será que os reis da oratória vazia vão entender a mensagem?

Quanto custa

O custo do Senado, este ano, será de 4 bilhões e 500 milhões de reais. Dinheiro que sai do bolso de cada brasileiro na forma de impostos.

Alta concorrência

Leitores sugerem que, em dezembro, seja escolhido o Senador Mais Chato do Ano. Vão concorrer prolixos, demagogos, bicões, enfadonhos, intrometidos, maçantes e outras categorias do gênero.

Veio de Marte

Angelo Coronel, do PSD da Bahia, bateu recorde. Como candidato à presidência do Senado, foi à tribuna para expor sua plataforma. Porém, substituiu por elogios a dezenas de políticos. Nem as risadas dos colegas no plenário contiveram o ímpeto do parlamentar que é modelo insuperável de bajulador.

A voz forte

A expressão freio de arrumação surgiu com as manobras bruscas dadas por motoristas para organizar quem estava dentro do ônibus. Depois, popularizou-se para definir outras circunstâncias. Faltou o senador Pedro Simon, nas sessões plenárias de sexta-feira e de ontem, para dar um freio de arrumação.

O que fica

Terminada a longa encenação do Senado, cabe lembrar trecho do livro Viva o Povo Brasileiro, de João Ubaldo Ribeiro: “Que cesse de existir um país que em vez de governantes tem donos, em vez de povo tem escravos e em vez de orgulho tem vergonha.”

Em coro

Lupicínio Rodrigues não poderia imaginar, em 1940, que a frase “esgotei minha reserva de paciência”, de uma de suas imortais composições, seria repetida pelos brasileiros que assistiram as sessões do Senado.

Errou na previsão

A 13 de setembro de 2010, durante comício da campanha eleitoral em Joinville, Luiz Inácio Lula da Silva conclamou: “Precisamos extirpar o DEM da política brasileira.” O partido, desde ontem, comanda o Senado e a Câmara dos Deputados.

Para sofrer

No conjunto de penas alternativas que a Justiça impõe, pode acrescentar a alguns condenados acompanhar, do começo ao fim, uma longa e tumultuada sessão do Senado.

 

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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