Terça-feira, 04 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 20 de abril de 2019
				Essas pessoas que estão na foto acima não existem: seus rostos são criações de um sistema de inteligência artificial. O site que hospeda as imagens, chamado de ThisPersonDoesNotExist.com, tem uma única página em que mostra em tela cheia um rosto de uma pessoa que não existe. As fotos, que impressionam por terem aparência real, são exibidas uma de cada vez, a cada nova atualização da página.
Criado por Philip Wang, engenheiro de software do Uber, o projeto tem intuito educacional. “Decidi tirar dinheiro do meu próprio bolso para conscientizar as pessoas sobre o uso desta tecnologia”, disse Philip Wang, em uma postagem no seu perfil do Facebook. Para criar o banco com imagens de rostos falsos, o engenheiro se baseou em uma pesquisa feita pela empresa de tecnologia Nvidia.
Por trás da tecnologia está um algoritmo que é treinado a partir de um banco gigante de imagens reais. Com as informações captadas, o algoritmo consegue misturar traços e características para criar rostos artificiais.
Embora essa tecnologia possa criar imagens virtuais e ajudar ilustradores e designers, há questionamentos sobre o seu perigo para a sociedade. Além do problema de criação de perfis falsos na internet, tecnologias desse tipo são usadas em conteúdo pornográfico para colocar rostos de famosos em outros corpos, por exemplo – técnica conhecida como “Deep Fake”.
Empresas com inteligência artificial
Se hoje é comum que uma empresa tenha um site ou um aplicativo para divulgar seus serviços, o próximo passo será ter um sistema de inteligência artificial para atender aos clientes – pelo menos, é no que acredita Satya Nadella, presidente executivo da Microsoft. Ele apresentou sua visão para o futuro da tecnologia – calcada no uso de inteligência artificial e de computação em nuvem – e de sua empresa a uma plateia formada por executivos, em um evento realizado pela companhia de Redmond, EUA.
Nadella falou sobre a importância das transformações geradas pela tecnologia – e como seu impacto só será sentido quando ela chegar a todas as pessoas. “A revolução acontecerá não pelas inovações, mas sim quando equiparmos as pessoas com as melhores ferramentas. Temos que desmitificar a tecnologia”, declarou o executivo.
De olho nisso, Nadella anunciou uma parceria com o Serviço Social da Indústria (Sesi) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) para a criação de cursos de novas tecnologias, como visão computacional, inteligência artificial e ciência de dados. Inicialmente, serão quatro cursos, disponíveis pela internet, no site Mundo Senai. “É assim que o Brasil vai ter uso intenso de tecnologia em sua sociedade”, disse.