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Geral Google exclui de sua loja aplicativo popular fraudulento que estava clicando secretamente em anúncios

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Programas burlavam restrições impostas pelo Android para apresentarem anúncios sem permissão. (Foto: Reprodução)

Seis aplicativos foram removidos da loja Google Play depois que uma investigação do Buzzfeed descobriu que eles estavam envolvidos em fraude de anúncios. Os aplicativos, todos vinculados ao DU Group, desenvolvedor de aplicativos chinês, estavam clicando de forma fraudulenta em anúncios e não revelaram aos usuários que estavam também enviando seus dados para a China.

Coletivamente, os aplicativos do Grupo DU somam mais de 90 milhões de downloads. Isso inclui o aplicativo enormemente popular Selfie Camera, que tem mais de 50 milhões de downloads. Pesquisadores descobriram que esse aplicativo tinha um código que não apenas clicava em anúncios para gerar receita sem o consentimento do usuário, como também conseguia fazer isso sem a execução do aplicativo. Isso é uma enorme sucção de bateria e uma violação flagrante da política da Google Play.

Quando contatado pelo Gizmodo, um porta-voz do Google confirmou que os seis aplicativos foram suspensos da Google Play por violações de políticas, incluindo fraude de anúncios.

Vai também contra a política de desenvolvedor do Google ocultar uma conexão de aplicativos com seu desenvolvedor, o que os aplicativos do DU Group fizeram, e não informar aos usuários que seus dados estão sendo coletados e compartilhados. Todos os seis aplicativos sinalizados por envolvimento em fraude de anúncios — Selfie Camera, Omni Cleaner, RAM Master, Smart Cooler, Total Cleaner e AIO Flashilight — foram colocados na lista negra.

“Além das questões de conformidade legal, as empresas precisam parar de explorar os dados das pessoas”, disse Frederike Kaltheuner, líder do programa de dados da Privacy International, ao Buzzfeed. “O que acontece com seus dados é importante, porque eles podem ser usados contra você ou para fins com os quais você discorda fundamentalmente. No momento, muitas vezes você precisa ser um especialista para entender o que acontece com seus dados — com quem e para quem eles são compartilhados, vendidos e explorados. Esse é um grande problema.”

Faixa etária

Recentemente, a revista Wired encontrou dezenas de aplicativos para Android na Google Play que foram classificados como seguros para crianças, porém, continham conteúdo inapropriado. O Jogo Mad Max Zombie, por exemplo, havia classificação PEGI 3 e o objetivo do jogo era abater mortos-vivos, não bastando, continha muito sangue, imagens perturbadoras de cadáveres ambulantes e armas de fogo realistas. O jogo foi removido, reclassificado como PEGI 12 e relançado como Mad War Zombies.

Na Europa, todos os jogos são emitidos pela PEGI (Pan European Game Information), mas quando se trata de versões somente digitais, o processo é automatizado por meio de um questionário criado pela IARC (International Age Rating Coalition), com o custo de emissão de classificações suportadas pela loja, em vez de desenvolvedores individuais. Em contrapartida, o próprio Google não verifica a precisão da classificação.

Infelizmente, a Play Store está cheia de aplicativos que desafiam a política de classificação etária e as ferramentas de filtragem do Google. O relatório continha 36 jogos com teor impróprio e outros 16 com formas de conteúdo duvidoso, incluindo alguns que rastreiam a localização dos usuários. Foram totalmente removidos ou relançados 16 jogos com avaliações e permissões revisadas.

Google Play x App Store

Se formos comparar com a Apple, que possui uma rigorosa política de classificação etária e processo de aprovação em todos os aplicativos, aparentemente, percebemos que o Google não investe seus lucros na construção de um sistema robusto monitorado por humanos para garantir que todas as classificações etárias da plataforma estejam corretas. Para a adequação da idade ser atribuída na Play Store, basta preencher um formulário pelo seu criador e ela é automaticamente aprovada.

O trabalho de verificação é das agências de classificação regional, como a PEGI, monitorar a precisão usando as ferramentas que a IARC lhes dá. Segundo um porta voz da IARC, com o grande volume de jogos e aplicativos publicados, as autoridades de classificação participantes não conseguem monitorar cada lançamento, ou seja, muitas avaliações não são verificadas por ninguém.

Eles acabam verificando com maior cuidado jogos e aplicativos que recebem muitos downloads durante um longo período, e, mesmo assim, o Drive Die Repeat – Zombie Game, lançado em 2016 e com mais de 100 mil instalações possuía PEGI 7. O jogador tinha que derrubar zumbis com seu carro, consequentemente, era um jogo que envolvia muito sangue e após ter recebido críticas sobre a classificação, passou a ter PEGI 12.

No iOS, o mesmo jogo sempre teve uma classificação de 12+. A Comissária Infantil da Inglaterra, Anne Longfield, comentou que o volume de jogos que estão sendo enviados não deve ser usado como uma desculpa para permitir que os jogos sejam classificados incorretamente.

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