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Por Redação O Sul | 25 de outubro de 2019
A cotação do dólar voltou a ter forte queda nesta sexta-feira (25). Com a aprovação da reforma da Previdência, um cenário exterior favorável e bons resultados de Vale e Petrobras levaram a moeda americana a R$ 4,01, menor valor desde 16 de agosto.
Na semana, a moeda tem queda de 2,65%, segunda maior queda semanal do ano. A maior foi na última semana de janeiro, com o otimismo de investidores quanto ao início do governo de Jair Bolsonaro (PSL-RJ).
A semana também foi positiva para o Ibovespa, que acumulou alta de 2,56%. O período foi marcado pela aprovação da reforma da Previdência em segundo turno no Senado, último passo do projeto no Congresso, e pela previsão do mercado de Selic a 4,5% ao fim deste ano.
Foi o quarto corte da taxa de juros este ano, e superou as expectativas do mercado, que esperava uma redução de 0,25 ponto percentual.
Além de juros baixos e Previdência aprovada, Vale e Petrobras impulsionaram a Bolsa nesta sexta. A mineradora voltou a registrar lucro, após dois trimestres seguidos de prejuízo depois do acidente de Brumadinho (MG), em 25 de janeiro.
A empresa teve lucro líquido de R$ 6,5 bilhões no terceiro trimestre deste ano, um resultado 13,7% superior ao registrado no mesmo período de 2018.
“O baixo endividamento e equacionamento de toda as questões envolvendo a tragédia de Brumadinho, devem permitir a Vale no ano que vem, elevar a distribuição de dividendos aos seus acionistas”, afirma relatório da Rico Investimentos.
As ações da companhia tiveram forte alta de 3,87% nesta sexta, a R$ 48,56, maior patamar em duas semanas.
A Petrobras foi ainda melhor, com lucro de R$ 9,1 bilhões no terceiro trimestre, alta de 36,8% com relação ao mesmo período de 2018. O desempenho reflete aumento na produção de petróleo e a entrada de recursos com a venda de ações da BR Distribuidora.
O lucro veio acima das expectativas do mercado, animando investidores que na véspera temiam o contrário. Após o balanço, a recomendação das corretoras era de compra para os papéis da companhia.
O preço das ações saltou. As preferenciais, mais negociadas, chegaram a R$ 29,55 durante o pregão, maior valor desde junho de 2010, quando Dilma Rousseff (PT) foi anunciada como candidata do partido as eleições presidenciais daquele ano, sendo eleita para seu primeiro mandato.
No fechamento, a empresa perdeu força e as ações preferenciais terminaram a R$ 29,25, alta de 3,3%. O patamar ainda é o maior desde 2010.
Nas ordinárias, com direito a voto e menos negociadas, os papéis fecharam cotados a R$ 31,71, alta de 3,9%, maior patamar desde junho.