Domingo, 05 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 30 de maio de 2020
A máquina funciona como uma etapa inicial para reduzir o contato da equipe médica com pacientes, que podem estar ou não com covid-19.
Foto: Yves Herman/ReutersQuando os pacientes belgas que temem ter sido contaminados pelo coronavírus comparecem ao Hospital Universitário da cidade da Antuérpia, região norte da Bélgica, o primeiro rosto que observam não é o de uma enfermeira de máscara, e sim o de um robô.
O aparelho, construído pela empresa belga Zorabots, recebe os recém-chegados e lê os dados do paciente, que precisa responder um questionário antes da análise.
O robô mede a temperatura da pessoa e assegura que ela usa a máscara de maneira correta, antes de avaliar a probabilidade e a gravidade da infecção, com o envio para o local apropriado da clínica.
O processo não é um diagnóstico, mas uma etapa útil que reduz os contatos da equipe médica com pacientes potencialmente infectados antes de serem internados no hospital.
“Se o paciente tem uma temperatura elevada ou não usa a máscara corretamente, na tela aparece a mensagem: ‘você tem um problema, não pode entrar diretamente no hospital'”, explica o médico Michael Vanmechelen.
“Então, a pessoa deve ser examinada. O robô nunca trabalha sozinho, sempre atua em apoio a um funcionário do hospital”, completou.
No período de progressivo retorno à normalidade, após um longo período de isolamento da população, “muitas pessoas deverão ser submetidas a testes”, disse Fabrice Goffin, um dos diretores da Zorabots.
Reabertura de fronteiras
O governo da Bélgica iniciou contatos com Luxemburgo e os restantes países vizinhos, França, Alemanha e Holanda, para a reabertura das suas fronteiras.
De acordo com o ministro dos Negócios Estrangeiros belga, Philippe Goffin, as viagens para a Bélgica poderão ser feitas já a partir de meados de junho.
O governante belga admitiu a possibilidade da reabertura das fronteiras, acrescentando que o objetivo é tentar sair “progressivamente” do confinamento, mas em coordenação com outros países europeus.
O dia 8 de junho era a data anteriormente avançada para a reabertura das fronteiras, mas Philippe Goffin prefere apontar uma data “mais realista”: entre 8 e 15 de junho.
Com mais de 9 mil vítimas mortais associadas ao coronavírus entre os cerca de 60 mil infectados, a Bélgica é o país com a mais alta taxa de mortalidade por um milhão de habitantes (801 mortos por milhão de habitantes).