Sexta-feira, 11 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 10 de junho de 2020
Josep Borrell, chefe de Relações Exteriores da UE (União Europeia), anunciou nesta quarta-feira (10) que a Comissão Europeia vai propor esta semana aos países do bloco a reabertura “gradual e parcial” das fronteiras externas a partir de 1º de julho. O fechamento das fronteiras da UE foi uma medida adotada para conter a disseminação do novo coronavírus. Em maio, alguns países começaram a relaxar o controle de entrada em ritmos diferentes, dependendo de como foram afetados pela Covid-19.
Segundo Borrell, a retomada de viagens não essenciais para a UE, proibida desde 17 de março, não se aplicará a todos os países, mas a um certo número com base em uma série de critérios. Ela deve ocorrer entre países com situações epidemiológicas semelhantes. Ou seja, no caso de nações que não tenham controlado a pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2), as fronteiras deverão permanecer fechadas.
Livre circulação
Buscando conter a pandemia, ao menos 17 nações integrantes do Acordo de Schengen, de livre circulação, impuseram controles de emergência em seus territórios, suspenderam voos, trens e o fluxo de pessoas. Borrell acredita que “até o fim deste mês de junho”, a livre circulação de pessoas do bloco estará restabelecida.
Na Áustria, o ministro das Relações Exteriores, Alexander Schallenberg, confirmou a informação e em entrevista coletiva disse que, a partir da próxima terça-feira, o país reabrirá sua fronteira com a Itália, fechada desde março. O controle, segundo ele, será mais rígido e os outros países da UE farão o mesmo.
“Sim, abriremos a fronteira. Sim, viajar para Itália, Grécia e Croácia, por exemplo, será possível”, disse Alexander Schallenberg.
A Áustria foi o primeiro país da UE a anunciar controles drásticos em relação à Itália em 10 de março, país que teve um dos maiores surtos de coronavírus na Europa.
A Alemanha anunciou que encerrará o controle das fronteiras para cidadãos da União Europeia a partir do dia 16 de junho. Segundo o ministro do Interior, Horst Seehofer, o país “continuará a monitorar a situação nos países vizinhos” e uma mudança poderá ser anunciada em caso de avanço da doença em outras nações. A única exceção da medida é a Espanha que, por princípio de reciprocidade, será autorizada apenas no dia 21 de junho. As informações são da agência de notícias AFP.