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Brasil “A Anvisa não tinha boa vontade para liberar agrotóxicos”, diz a ministra da Agricultura

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A ministra Tereza Cristina disse que existe o que chamou de "esquizofrenia" na discussão de qualquer assunto relativo a agrotóxicos atualmente no Brasil. (Foto: Divulgação)

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse nesta sexta-feira (26) que no passado não havia tantos registros de agrotóxicos porque a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) enfrentava “falta de pessoal” e também porque não havia “boa vontade” para liberar os produtos.

O Ministério da Agricultura aprovou na segunda-feira (22) o registro de mais 51 agrotóxicos, totalizando 262 neste ano. O ritmo de liberação de novos pesticidas é o mais alto já visto para o período. Desse total, 7 são produtos formulados, aqueles que os agricultores podem comprar em lojas de insumos agrícolas.

“O que houve é que no passado a Anvisa tinha falta de pessoal e também não tinha boa vontade em liberar esses produtos. O que nós estamos liberando hoje, a grande maioria, eu digo, mais de 90%, são produtos que já estão no mercado, mas com as moléculas das empresas principais”, explicou a ministra.

Tereza Cristina comentou que após dez anos de uso pelas empresas desenvolvedoras, as patentes destas moléculas foram quebradas, possibilitando a sua utilização em produtos genéricos, exatamente como ocorre com os medicamentos.

A ministra disse que existe o que chamou de “esquizofrenia” na discussão de qualquer assunto relativo a agrotóxicos atualmente no Brasil e enalteceu o controle sobre esses produtos no País. Ela lembrou que no Brasil, antes do registro e liberação de uso de qualquer tipo de defensivo agrícola o produto passa pelos controles de três instituições, o próprio Ministério da Agricultura, o Ministério do Meio Ambiente e a Anvisa.

“O Ministério da Agricultura vê a importância daquele produto comercialmente e o resíduo que ele deixa nas plantas. O Ministério do Meio Ambiente vê onde e em que o produto pode afetar o meio ambiente. O solo, a água, as plantas vizinhas, as abelhas, enfim… Depois nós temos o Ministério da Saúde através da Anvisa que faz todos os testes para ver se a dosagem recomendada pelo fabricante afeta a saúde das pessoas”, explicou.

Nova classificação de agrotóxicos

Tereza Cristina disse também que a análise dos produtos feita pela Anvisa no passado era de “perigo”, um modelo bem mais rígido que em outros países, que adotam um sistema que se chama análise de “risco”, semelhante ao uso nos testes para medicamentos.

A Anvisa aprovou, na terça-feira (23), um novo marco regulatório para avaliação e classificação toxicológica de agrotóxicos, que vai mudar o que é informado nas embalagens desses produtos. Atualmente, essas embalagens contêm o símbolo de uma caveira sem detalhar sobre quais são os perigos.

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