Na semana passada, a AstraZeneca disse à Reuters que sua vacina contra covid-19 deve ser eficiente contra a nova variante do coronavírus, acrescentando que estudos estão sendo feitos para investigar plenamente o impacto da mutação.
A farmacêutica apresentou um pacote de dados completos de sua vacina à agência reguladora de medicamentos do Reino Unido, disse o ministro da Saúde britânico, Matt Hancock.
100% eficaz
Em uma entrevista ao jornal britânico “The Sunday Times” o CEO da empresa farmacêutica AstraZeneca, Pascal Soriot, afirmou que sua vacina contra covid-19 deve ser aprovada pelo Reino Unido “nesta semana”. Mais conhecida como a “Vacina de Oxford”, a AZD 1222 tem vantagens sobre a formulação da Pfizer/BioNTech, já em uso em vários países.
Entre elas estão o custo mais baixo, cerca de US$ 4 (R$ 20,87) por dose, e a maior facilidade no armazenamento. Enquanto a concorrente precisa ser armazenada em câmaras frias a -70 °C, a vacina de Oxford pode ser armazenado nas mesmas geladeiras usadas para vacinas comuns, com temperaturas de 2 a 8 °C.
Em novembro a AstraZeneca anunciou que a vacina de Oxford tinha eficácia de 62% em voluntários que receberam duas doses e 90% em quem recebeu meia dose, seguida de uma dose completa. Após admitir que o segundo regime de aplicação foi resultado de um “erro humano”, a farmacêutica prometeu apresentar resultados de testes extras.
Segundo Soriot, os novos resultados mostram que a vacina de Oxford tem eficácia de “100%” na prevenção de casos graves de covid-19. Entre as vacinas já aprovadas para uso na população, a da Pfizer/BioNTech tem eficácia de 95%, enquanto a da Moderna é de 94%. Segundo a Rússia, a Sputnik V tem eficácia de 91,4%.