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Notícias A atividade de flanelinha está oficialmente proibida em Porto Alegre

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Prefeitura promete oferecer oportunidades de reinserção social para os guardadores. (Foto: EBC)

Popularmente conhecida como “flanelinha”, a atividade de guardador autônomo de veículos está oficialmente proibida nas ruas de Porto Alegre, com a assinatura da lei municipal referente ao tema por parte do prefeito Nelson Marchezan Júnior, nessa quarta-feira. Ele apresentou um plano de reinserção social que conta com apoio de entidades, instituições e empresas.

Com a nova legislação, a prefeitura busca acabar com a atuação irregular dos flanelinhas, que ocorre há anos principalmente em áreas de grande circulação de pessoas. A partir de agora, os serviços de estacionamento de veículos em vias e locais públicos, mediante cobrança de pagamento ou qualquer espécie de contribuição, poderão ser explorados somente pelo poder público ou por concessionários ou permissionários.

Conforme o chefe do Executivo da capital gaúcha, a proposta foi discutida por meses em reuniões GGIM (Gabinete de Gestão Integrada Municipal), que reúne forças de segurança em âmbito municipal, estadual e federal. Ele garante que a prefeitura vai reprimir, fiscalizar e multar os infratores, mas que este não é o objetivo maior:

“Não temos o direito de desistir dos mais vulneráveis. O grande desafio é transformar a vida dessas pessoas. Esta não é uma lei com fundamentos demagógicos, mas que mostra um caminho desejado para a nossa cidade”.

O secretário municipal de Segurança, Rafael Oliveira, destaca que a conduta dos flanelinhas é encarada, muitas vezes, como um delito de menor relevância, não tratado como prioridade diante de tantos outros mais graves. “Parabenizo os vereadores que tiveram a sabedoria e coragem de ouvir a voz dos porto-alegrenses que não aguentavam mais se deparar com o medo toda vez que estacionavam o carro nas ruas”, salienta.

Fiscalização

Caberá aos agentes de fiscalização, guardas municipais e agentes de trânsito e transporte, dentro de suas competências e de forma compartilhada, controlar e impedir a exploração indevida de estacionamentos em vias e locais públicos.

Eles deverão remover quem infringir a lei e registrar a ilegalidade da profissão. Os infratores serão multados em R$ 300,00. Em caso de reincidência, a cobrança será em dobro. Os valores das multas aplicadas vão ser destinados ao Fumseg (Fundo Municipal de Segurança Pública).

Cadastramento

Em novembro de 2019, a prefeitura iniciou o cadastramento dos flanelinhas. O secretário municipal adjunto de Desenvolvimento Econômico, Moisés Fraga Gonçalves, afirma que a ação busca identificar formas de ajudar os guardadores a encontrarem novas opções profissionais e encaminhá-los para a rede de assistência social do Município.

De acordo com o presidente em exercício da Fasc (Fundação de Assistência Social e Cidadania), Joel Lovatto, até agora foram feitos 200 cadastros, principalmente nas regiões do Parque Marinha do Brasil, Redenção, Hospital Mãe de Deus e Orla do Guaíba.

Os dados levantados apontam que a maioria são homens (88,7%), 49% estudaram até o 5º ano do Ensino Fundamental, 74,5% têm antecedentes criminais, 88% já tiveram alguma experiência de emprego formal e 82% afirmam ter interesse em retornar ao mercado de trabalho.

Oportunidades

Para atender aqueles que querem voltar a ter uma atividade legalizada, a prefeitura buscou ajuda de entidades, instituições e empresas. Os parceiros oferecerão cursos profissionalizantes e oportunidades de trabalho. Até agora, confirmaram apoio o Sindha (Sindicato de Hospedagem e Alimentação de Porto Alegre e Região), Sindilojas (Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre) e Senge (Sindicato dos Engenheiros).

Também estão engajadas a empresa Melnick, PUCRS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul), Senac (Serviço Nacional do Comércio), ADCE (Associação dos Comerciantes de Materiais de Construção e Pintura, Associação de Dirigentes Cristãos de Empresas), Ciee (Centro de Integração Empresa-Escola) e Sistema S.

(Marcello Campos)

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