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Brasil A atuação do governo federal para levar parlamentares do PSB ao PMDB revolta a bancada do DEM

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Maia garantiu, no entanto, que o desconforto na bancada não irá contaminar a votação da segunda denúncia encaminhada pela Procuradoria-Geral da República contra Temer. (Foto: Marcos Corrêa/PR)

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou na noite de quarta-feira (20) que há uma “grande revolta” na bancada de seu partido ao identificar as “digitais” do governo para levar parlamentares insatisfeitos do PSB para o PMDB.

O mal-estar ocorre em um momento crítico para o Planalto, que precisa dos aliados para derrubar a segunda denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o presidente Michel Temer. A denúncia ainda não chegou à Câmara, mas convém ao governo manter uma boa relação – e afastar disputas – com os deputados, pois serão eles os responsáveis por autorizar ou impedir o Supremo Tribunal Federal a prosseguir com a peça acusatória.

“Quero que a gente deixe registrado para que depois, quando a bancada do Democratas quiser em alguma votação (ter) uma posição divergente… o governo entenda que há uma revolta muito grande dentro da nossa bancada. Não virou rebelião ainda, mas é uma revolta muito grande”, disse o presidente da Câmara a jornalistas.

Maia garantiu, no entanto, que o desconforto na bancada não irá contaminar a votação da segunda denúncia encaminhada pela Procuradoria-Geral da República contra Temer. Mais cedo na quarta-feira, a maioria do Supremo Tribunal Federal se manifestou pelo envio imediato à Câmara da denúncia contra Temer, e o julgamento do pedido da defesa para barrar essa remessa deve ser concluído nesta quinta (21).

“De jeito nenhum”, disse, ao ser questionado sobre a possibilidade de o mal-estar afetar a votação da acusação contra o presidente da República. “A gente não vai misturar uma coisa com a outra… cada deputado vai votar com a sua consciência.”

O presidente da Câmara disse ter recebido garantias tanto do presidente nacional do PMDB, senador Romero Jucá (RR), quanto do próprio Temer que não havia interesse da sigla em parlamentares dissidentes do PSB, mas que não é isso que tem sido percebido.

“Nas últimas semanas o que a gente tem visto é contrário. Inclusive com uma participação do ministro (da Secretaria-Geral da Presidência) Moreiro Franco e do ministro (da Casa Civil) Eliseu Padilha na filiação (ao PMDB) do senador Fernando Coelho”, disse Maia, referindo-se ao embarque do ex-socialista no partido de Temer.

“Queremos saber qual a verdadeira posição do PMDB e do governo em relação ao Democratas. Tem parecido um tratamento de adversário, eu espero que não vire uma relação entre inimigos”, afirmou.

Maia argumentou, ainda, que seu partido tem sido um dos que mais votou com o governo, inclusive nas “agendas difíceis” que têm sido encaminhadas pelo Executivo.

Mesmo antes de o PSB se declarar formalmente como oposição, a bancada do partido na Câmara já se mostrava rachada. Altas lideranças do partido, aliás, garantem que o ministério concedido à sigla – Minas e Energia – foi negociado pela parcela rebelde de deputados à revelia da direção da sigla.

A divisão ficou mais evidente na votação da primeira denúncia contra Temer, rejeitada pela Câmara. Desde então, dissidentes da legenda têm sido procurados por outros partidos – DEM e PMDB entre eles –, de olho na ampliação de sua participação na Câmara, proporção que para além dos números, afeta o acesso a tempo de televisão e rádio às vésperas das eleições de 2018 e a recursos públicos destinados aos partidos.

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