Quinta-feira, 30 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 31 de maio de 2020
Segundo informações da coluna Radar, da Revista Veja, a Casa da Moeda garantiu ao governo recentemente ter estoque de papel suficiente para imprimir todo o dinheiro que for solicitado pelo Banco Central.
Com o pagamento do auxílio emergencial a milhões de brasileiros, a necessidade de moeda em espécie cresceu e os rumores de que faltaria papel para produção de novas notas decolaram.
Fora da privatização
O presidente Jair Bolsonaro afirmou na quinta-feira (28) que um dos planos que serão retomados após a pandemia de coronavírus é o de privatizações. Ele citou o projeto de privatizar os Correios, mas reclamou que “não é fácil”, pois depende do Congresso e de destravar burocracia.
Bolsonaro disse que retirou da lista de privatizações a Casa da Moeda, pois considera uma questão estratégica, e afirmou que não estão na mira as privatizações da Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e do “núcleo” da Petrobras.
Este foi um dos diversos temas abordados pelo presidente em transmissão em redes sociais nesta quinta. Logo no início, ele falou sobre a operação da Polícia Federal que investiga suspeita de desvio de recursos no Rio de Janeiro e relacionou a ação com o número de mortes por coronavírus no Estado. Ao ironizar a operação, que teve o governador Wilson como alvo, Bolsonaro disse que a Polícia Federal “mata vírus”.
“O Rio de Janeiro caiu assustadoramente o número de mortos de coronavírus depois que a Polícia Federal passou por lá. Eu acho que a Polícia Federal mata vírus. Continua agindo a Polícia Federal, que fez excelente trabalho no Rio de Janeiro”, afirmou, entre risos.O presidente citou o caso da prefeitura do Rio de Janeiro para defender uma mudança na na metodologia de divulgação de número de mortos. Para Bolsonaro, há casos de pessoas que contraíram coronavírus, mas já sofriam com outras doenças graves, que não poderiam ser contabilizadas nos óbitos da pandemia.
STF e fake news
Na transmissão, Bolsonaro voltou a criticar o inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar notícias falsas (fake news) e ataques à Corte e a ministros dela. O presidente disse que a operação da PF, que cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços de políticos, empresários e internautas que o apoiam, foi um episódio triste.
“Lamentável isso, são pessoas de bem, chefes de família”, disse. “Ontem foi dia triste para todos que amam a liberdade de imprensa, para os que lutam para que o país continue democrático.”
O presidente reclamou que a mídia “não tem compromisso com a verdade”, classificou o inquérito do STF como ilegal e disse que “não entende” algumas ações da Corte. Sobre a declaração do ministro da Educação, Abraham Weintraub, que chamou os ministros do Supremo de “vagabundos” que deveriam ir presos, o presidente afirma que a conversa não seria a mesma se Weintraub soubesse que o encontro seria divulgado.
“Ele extrapolou ali [na reunião ministerial], mas era um negócio reservado”, justificou.