Sexta-feira, 26 de abril de 2024

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
23°
Showers in the Vicinity

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil A catástrofe no Museu Nacional no Rio de Janeiro atingiu a memória nacional, afetou a área científica e representa um prejuízo cultural enorme

Compartilhe esta notícia:

Meteorito foi das poucas peças salvas do acervo. (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

A dimensão da catástrofe ocorrida no Museu Nacional é ampla: atinge a memória nacional, devido à perda de importante acervo histórico; afeta a área científica, por interromper e pulverizar pesquisas, e representa um prejuízo cultural impossível de ser quantificado. Mas sabe-se que é enorme. A impossibilidade de a população em geral e, em particular, estudantes e pesquisadores, terem acesso no País a registros da história da nação e da própria Humanidade é um empobrecimento sério no campo da cultura. A reflexão é do editorial do jornal O Globo.

O jornal se posiciona afirmando que não foi um desastre qualquer a destruição pelo fogo do museu, uma instituição de 200 anos que era abrigo de um acervo de 20 milhões de peças, recolhidas a começar pela própria família real, que teve no prédio incendiado a sua residência oficial no Rio de Janeiro.

Por mais óbvio que seja, deve-se enfatizar a necessidade de governos, de políticos e da própria sociedade aprenderem com a tragédia. Mais uma neste setor. A coincidência da campanha eleitoral dá oportunidade de o assunto ser discutido, embora também possa ser utilizada para manipulações típicas de candidatos em busca de votos.

A reclamação da falta de recursos para museus e outras instituições públicas da área cultural é conhecida. E justificada. Mas não se trata de uma particularidade deste segmento do Estado, pois o País enfrenta grave crise fiscal. É bastante provável que o incêndio sirva de argumento a candidatos para pregar o fim do teto dos gastos públicos, tema da campanha.

Mas, sem o combate aos déficits, diz o editorial, os recursos ficarão ainda mais escassos por força da volta da inflação e da queda na coleta de impostos provocada pela inexorável recessão, causada pelo retorno à irresponsabilidade fiscal desvairada. No campo do aprendizado, ainda está viva a lição da crise aguda de 2015/16, cuja origem foi esta.

A tragédia do Museu Nacional reforça a necessidade de governos, políticos e sociedade fazerem escolhas. É indiscutível que os diversos acervos da história nacional, de sua cultura, precisam ser protegidos. Para isso, é necessário dinheiro, mas, antes de tudo, consciência da importância da Cultura, da Ciência e da História. Num Orçamento trilionário como o brasileiro é possível encontrar os recursos para isso, mas só se houver o entendimento de que há muito dinheiro mal gasto pelo Estado.

Espera-se que a evidente necessidade de acervos públicos serem protegidos ajude na pressão para que, a partir do próximo governo e da próxima legislatura, a política de gastos públicos seja revista e reformas urgentes sejam realizadas. O editorial enfatiza a reforma previdenciária.

A degradação do Museu e enfim a sua transformação em cinzas, um desastre previsível, são um estridente alerta para a urgência da revisão das prioridades orçamentárias, concentradas em despesas de custeio.

A tragédia da Quinta da Boa Vista não pode ser em vão.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Relator do processo contra a chapa Dilma-Temer diz que só os índios isolados da Amazônia não sabiam da delação da Odebrecht
Polícia procura criminosos que assaltaram simultaneamente Banrisul e Sicredi em Putinga. Criminosos fizeram cordão humano
https://www.osul.com.br/a-catastrofe-no-museu-nacional-no-rio-de-janeiro-atingiu-a-memoria-nacional-afetou-a-area-cientifica-e/ A catástrofe no Museu Nacional no Rio de Janeiro atingiu a memória nacional, afetou a área científica e representa um prejuízo cultural enorme 2018-09-03
Deixe seu comentário
Pode te interessar