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Mundo A China ameaça retaliação aos Estados Unidos após Donald Trump acabar com status preferencial concedido a Hong Kong

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Presidente americano, Donald Trump, alegou riscos à segurança nacional. (Foto: Tia Dufour/The White House)

A China convocou, nesta quarta-feira (15), o embaixador americano em Pequim para protestar formalmente contra a lei assinada pelo presidente Donald Trump que extingue o status econômico especial de Hong Kong no comércio com os Estados Unidos. O anúncio veio horas após o governo chinês ameaçar impor sanções a empresas e cidadãos americanos e demandar que os EUA “corrijam seus erros” e parem de interferir no que consideram ser uma questão de política interna.

“A China adotará as respostas necessárias para proteger seus interesses legítimos e impor sanções contra pessoas e entidades americanas relevantes”, disse a Chancelaria, sem dar maiores detalhes.

A medida de Trump segue a Lei da Autonomia de Hong Kong, aprovada pelo Congresso americano no início do mês e promulgada na terça (14). Segundo Trump, a legislação fornece “novas ferramentas poderosas para responsabilizar indivíduos e entidades envolvidos em extinguir a liberdade” de Hong Kong.

Com a legislação, que teve apoio do Partido Democrata, o governo americano terá mais poderes para sancionar autoridades chinesas acusadas de reprimir a dissidência política em Hong Kong, território semiautônomo devolvido aos chineses em 1997, após 156 anos sob domínio britânico. Em paralelo, revogou-se também o status econômico especial conferido à cidade em 1992.

O benefício recém-extinto permitia aos EUA tratar Hong Kong diferentemente da China continental no comércio e na venda de tecnologia. Segundo Trump, agora a cidade será tratada da mesma forma que a China continental, sem privilégios políticos, financeiros ou de segurança.

A legislação americana anunciada é uma retaliação à nova Lei de Segurança Nacional de Hong Kong, promulgada por Xi Jinping há duas semanas, após tramitar em tempo recorde. Ela prevê que separatismo, subversão, terrorismo e conluio com governos estrangeiros sejam passíveis de prisão perpétua, mas não os detalha. Assim, defender a democracia ou protestar contra o governo poderiam ser considerados violações.

A legislação, que estabelece uma agência de segurança chinesa na cidade, obriga empresas estrangeiras, até mesmo as de imprensa, a fornecerem informações que digam respeito ao território. Os impactos da lei ainda não são claros, mas teme-se que ela venha a erodir a liberdade de expressão, tal qual ocorre na China continental.

Nesta quarta, acirrando ainda mais a disputa entre Pequim e Washington, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, anunciou que os EUA irão restringir vistos para alguns funcionários da gigante tecnológica Huawei, segundo ele em repúdio às violações de direitos humanos de grupos minoritários, incluindo os muçulmanos uigures da província chinesa de Xinjiang. Não está claro a quem a medida será aplicável.

Em grande parte simbólica, a ação é mais um passo na campanha americana para limitar o alcance da Huawei, pressionando países aliados e empresas de telecomunicação a não utilizarem sua tecnologia na implementação de redes 5G. Os americanos argumentam que a companhia chinesa poderá ser utilizada por Pequim para espionagem e, em maio, para dificultar os negócios da Huawei, Washington proibiu-a de usar microchips fabricados por empresas americanas.

The New York Times

Em meio às dúvidas sobre o futuro de Hong Kong, o The New York Times anunciou que irá deslocar sua equipe digital, cerca de um terço dos funcionários de sua sucursal em Hong Kong, para Seul ao longo de 2021. Em um memorando, os editores do jornal afirmaram que alguns de seus funcionários enfrentaram desafios para garantir vistos de trabalho, algo comum na China, mas raro na cidade semiautônoma.

“A abrangente nova Lei de Segurança Nacional em Hong Kong criou muitas incertezas sobre o que as novas regras significarão para as nossas operações e para o nosso jornalismo”, os editores e executivos responsáveis pelas operações internacionais do jornal escreveram. “Nós achamos que é prudente fazer planos de contingência e começar a diversificar nossa equipe editorial pela região.”

Outras organizações midiáticas, como a Bloomberg e a CNN, anunciaram que ainda não têm planos de sair da cidade.

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