Quinta-feira, 25 de abril de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil A equipe da Operação Lava-Jato pode sofrer uma redução em setembro

Compartilhe esta notícia:

O pedido de providências contra Deltan foi pautado na última sessão do CNMP.  (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

As suspeitas de que o procurador Deltan Dallagnol incentivou investigações sobre o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Dias Toffoli podem ter impacto na redução de tamanho da força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba. O grupo tem hoje com 15 procuradores — no auge das investigações, entre 2015 e 2016, eram 11 — e uma equipe que, somada, chega a 70 servidores.

A renovação da força-tarefa é feita anualmente, em setembro, mesmo mês em que termina o mandato da procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Portanto, o destino do grupo pode depender de quem for escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro para o comando da Procuradoria-Geral da República.

Nada garante, porém, que a equipe continuará robusta. Afinal, as principais descobertas da Lava-Jato de Curitiba já foram reveladas e as mais recentes operações servem como rescaldo, caso da 62ª Fase da Lava-Jato, que mira o empresário Walter Faria, dono da Cervejaria Petrópolis, cuja atuação em lavagem de dinheiro e pagamento de propinas foi revelada na delação da Odebrecht em dezembro de 2016.

Já também pressão das unidades de origem para que os procuradores cedidos retornem aos seus estados. Hoje, três dos 15 procuradores atuam no Paraná: Deltan Dallagnol, Roberson Pozzobon e Laura Tessler. Os demais são de estados como Amazonas, Amapá, Rio, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

A força-tarefa tenta acelerar o ritmo da ação. Após um ano considerado morno, em maio, a Lava-Jato já tinha planejadas 14 novas operações para serem realizadas até dezembro, segundo fontes da Polícia Federal e do MPF (Ministério Público Federal) com acesso às investigações. Até agora, pelos menos cinco fases foram deflagradas.

Procuradores aliados da força-tarefa de Curitiba afirmam que o STF tenta incluir na investigação sobre fake news as denúncias recentes tratando do vazamento de mensagens trocadas entre o ex-juiz Sergio Moro e Dallagnol, conforme publicado pelo site The Intercept Brasil.

Receios

Nos bastidores, procuradores temem que a investigação de fake news seja utilizada para atingir Dallagnol, cujas mensagens vazadas indicam atuação para apurar a conduta de ministros do STF e seus familiares, o que não é sua atribuição.

Reservadamente, procuradores não negam o desgaste de Dallagnol, mas afirmam que ele tem uma situação jurídica que impede sua remoção por ser o “promotor natural” do caso.

Há expectativa, porém, de que o procurador seja alvo de mais um processo administrativo no Conselho Nacional do Ministério Público. Em tese, o órgão pode até afastar um integrante do Ministério Público. No entanto, seus pares acreditam que há uma forte tendência de apoio a Dallagnol, já que a questão envolve um embate entre instituições que ninguém está disposto a perder.

O clima entre os procuradores diante dos vazamentos é de apreensão. Eles têm procurado reverter os ataques com fatos positivos. No último dia 25, anunciaram a devolução de R$ 424,9 milhões aos cofres da Petrobras. Procurada, a força-tarefa não se manifestou.

 

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

A maioria dos deputados democratas apoia o processo de impeachment contra Donald Trump
Os Estados Unidos vão desenvolver novos mísseis após a sua saída do tratado de armas
https://www.osul.com.br/a-equipe-da-operacao-lava-jato-pode-sofrer-uma-reducao-em-setembro/ A equipe da Operação Lava-Jato pode sofrer uma redução em setembro 2019-08-03
Deixe seu comentário
Pode te interessar