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Colunistas A espera de 62 anos

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Regime reprime e silencia a última onda de protestos em Cuba. (Foto: Reprodução)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Em 1959, Fidel Castro e seus aliados concluíram a revolução comunista
em Cuba após diversos anos de luta armada contra o governo autoritário de
Fulgencio Batista. A bandeira defendida pelo grupo de jovens revolucionários,
que foi em grande parte aceita pela população, era a da criação de um novo
governo, que proporcionasse aos indivíduos maior liberdade para fazer as
próprias escolhas.

No entanto, as iniciativas do grupo revolucionário durante seu governo,
como a expropriação da terra e da propriedade privada e a instituição de
políticas de saúde e educação públicas, mantiveram a sociedade cubana em
regime político-econômico muito similar ao dos tempos de Fulgencio Batista – o que havia mudado era apenas o nome do ditador que estava no comando.

Após mais de 62 anos de um regime de controle social absoluto e de
promessas de liberdade não cumpridas, a população de Cuba segue sem os
mesmos diretos que a fizeram vincular-se ao golpe de Fidel Castro em 1959.
Razão pela qual, nos últimos dias, após falta de medicamentos, falta de
alimentos, falta de energia e aumento desproporcional de preço dos produtos
básicos, muitos protestos democráticos aconteceram na ilha caribenha com o
objetivo de restabelecer a tão sonhada liberdade.

A pergunta que fica no ar é: que tipo de solução o povo de cubano está
buscando? A resposta para esse questionamento foi escrita na Constituição
americana de 1775: “que todos os homens são criados iguais, que são dotados
pelo Criador de certos direitos inalienáveis, que entre eles são a vida, a
liberdade e a busca da felicidade”. Em Cuba é vedado escolher um presidente
que não seja do partido comunista, o controle de preços é centralizado, os
salários são definidos pelo governo, é proibido viajar para fora do país e a
educação é somente fornecida de forma pública.

As experiências comunistas são muito similares, independentemente do
continente. O caso de Cuba, na América Central, muito assemelha-se ao
ocorrido na Rússia, na Coreia do Norte e no Vietnã. Em todos esses países, o
planejamento centralizado, com a participação do Estado em todos os âmbitos
da sociedade civil, demonstra-se ineficiente. Esperamos que a tão sonhada
liberdade, defendida nos Estados Unidos há mais de 250 anos, chegue logo
para o sofrido povo cubano.

 

Thales Antoniolli Crestani

Associado do IEE

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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