Domingo, 28 de abril de 2024

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
19°
Mostly Cloudy

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Esporte A Europa “imita” os times brasileiros e acumula 30 treinadores demitidos na temporada

Compartilhe esta notícia:

Número abrange as principais ligas europeias, entre elas a Espanha, que viu a queda de Valverde no Barcelona. (Foto: Reprodução)

No fim de semana, o Barcelona promoveu a estreia do seu novo treinador, Quique Setién, na vitória sobre o Granada. Ele substitui Ernesto Valverde, demitido depois da queda na Supercopa da Espanha. O enredo da troca de técnicos, conhecido no futebol brasileiro, repete-se também na Europa.

Por lá, uma sequência de maus resultados ou uma desclassificação agora significam o bilhete azul. Já foram 30 demissões na temporada, somando-se apenas as principais ligas (Itália, Espanha, França, Alemanha e Inglaterra).

A saída de Valverde é o episódio mais recente entre os grandes europeus. Além do Barcelona, Bayern de Munique e Milan já mudaram de técnico neste início de ano. Entre os times médios, a lista inclui Arsenal, Valencia, Napoli, Everton, Lyon, Monaco e Tottenham.

A Itália já soma nove demissões, seguida da Espanha e Inglaterra (seis), França (cinco) e Alemanha (quatro). Essa tendência já foi notada em 2018, quando 23 técnicos tinham sido demitidos na Europa no mesmo período.

No caso do Barcelona, o treinador nunca foi unanimidade em quase três anos à frente do gigante espanhol. Mas foi a primeira vez que o clube catalão trocou o comando no meio da temporada desde 2002/2003, quando o holandês Louis Van Gaal foi sacado do cargo. A decisão de demitir Valverde veio após a derrota para o Atlético de Madrid na semifinal da Supercopa da Espanha. Por outro lado, o Barcelona é o líder do Campeonato Espanhol ao lado Real Madrid, com 43 pontos e encara o Napoli pelas oitavas de final da Liga dos Campeões.

A exemplo do que acontece no Brasil, as quedas de desempenho ou eliminações precoces têm justificado as trocas de treinador. No ano passado, foram 22 demissões de treinadores apenas na Série A do Campeonato Brasileiro. A pressão da torcida, agora multiplicada pelo alcance das redes sociais, e as críticas da mídia especializada são fatores que alcançaram peso dois na balança da diretoria na hora de planejar o futuro.

“É possível perceber que os clubes estão um pouco imediatistas. A concorrência é tão grande e a pressão por vitórias tão poderosa que os clubes acreditam que não podem esperar um treinador reverter um momento ruim”, diz o jornalista espanhol Jose Hurtado, do Marca, da Espanha.

Outros episódios ilustram esse diagnóstico. Mauricio Pochettino foi mandado embora do Tottenham apenas seis meses depois de ele ter levado o clube à final da Liga dos Campões. O Tottenham ocupava a 14ª colocação no Campeonato Inglês, com apenas 14 pontos em 12 jogos. Apesar do momento ruim, o argentino viveu cinco anos de boa fase em Londres.

“Estávamos extremamente relutantes em fazer essa mudança. Não é uma decisão leviana ou apressada do Conselho do clube. Lamentavelmente, os resultados no final da última temporada e início desta são extremamente decepcionantes”, comunicou a direção da equipe no final do ano passado.

O jornalista português David Carvalho, da Rádio e Televisão de Portugal (RTP), acompanhou a chegada de José Mourinho ao Tottenham como substituto de Pochettino.

O Bayern demitiu de Niko Kovac quando era quarto colocado na Bundesliga. O técnico croata foi demitido um dia depois da goleada sofrida para o Eintracht Frankfurt, por 5 a 1, a pior do clube em uma década no Campeonato Alemão. “O desempenho de nossa equipe nas últimas semanas e os resultados nos mostraram que havia necessidade de ação”, justificou o CEO Karl-Heinz Rummenigge ao término do ano passada.

Técnicos brasileiros também estão na lista de demitidos. Sylvinho começou a temporada no Lyon e não teve sucesso na equipe francesa: disputou apenas 11 jogos e perdeu mais do que ganhou (4 derrotas, 4 empates e 3 vitórias), fazendo a pior campanha do clube em 24 anos. Foi demitido no início de outubro.

Demissões na Itália

Eusebio Di Francesco (Sampdoria); Thiago Motta (Gênova); Giampaolo (Milão); Andreazzoli (Gênova); Igor Tudor (Udinese); Eugenio Corini (Brescia); Fabio Grosso (Brescia); Carlo Ancelotti (Nápoles) e Vicenzo Montella (Fiorentina).

Demissões na Inglaterra

Mauricio Pochettino (Tottenham); Unai Emery (Arsenal); Quique Sánchez Flores (Watford); Marco Silva (Everton); Javi Garcia (Watford) e Manuel Pellegrini (West Ham).

Demissões na Espanha

Marcelino (Valência); David Gallego (Espanyol); Pablo Machín Espanyol); Mauricio Pellegrino (Leganés); Fran Escribá (Celta) e Ernesto Valverde (Barcelona).

Demissões na França

Ghislain Printant (Saint-Ettiene); Sylvinho (Olympique de Lyon); Alain Casanova (Toulouse); Leonardo Jardim (Monaco) e Antoine Kombouaré (Toulouse).

Demissões na Alemanha

Niko Kovac (Bayern de Munique); Achim Beierlorzer (Colônia); Sandro Schwarz (Mainz 05) e Ante Covic (Hoffenheim).

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Esporte

Regina Duarte afirma estar “de corpo e alma” com o governo
Indústrias farmacêuticas anunciaram recolhimento de remédio para úlcera no estômago
https://www.osul.com.br/a-europa-imita-os-times-brasileiros-e-acumula-30-treinadores-demitidos-na-temporada/ A Europa “imita” os times brasileiros e acumula 30 treinadores demitidos na temporada 2020-01-21
Deixe seu comentário
Pode te interessar