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Cultura Pixar: a fábrica de sonhos chega aos 35 anos

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Estúdio que inventou a animação digital completa três décadas e meia de sucesso com filmes que encantam e fazem refletir.

Foto: Reprodução
Estúdio que inventou a animação digital completa três décadas e meia de sucesso com filmes que encantam e fazem refletir. (Foto: Reprodução)

Mais do que um estúdio cinematográfico, a Pixar é uma fábrica de sonhos. Pelo menos é o que muita gente diz depois de assistir aos desenhos produzidos pela empresa de animação mais poderosa de Hollywood.

Desde que lançou “Toy Story”, em 1995 – o primeiro longa-metragem digital da história –, é como se o estúdio tivesse um passe de mágica que instiga uma identificação instantânea do público.

Mas, como se sabe, por trás de todo truque ilusionista há uma teoria científica. No caso da Pixar, o segredo é a busca constante pela elevação das discussões do universo da animação a um teor mais complexo – e isso sem nunca perder de vista o lado da diversão.

“Eles sempre investiram muito na criação de roteiros para agradar não só a um grupo, mas à família de modo geral. Foi justamente essa visão rara que acabou se materializando em um sucesso estrondoso para o estúdio”, analisa o professor de cinema Sávio Leite.

E é assim, como uma espécie de mundo de fantasias com ares filosóficos, que a Pixar comemora agora 35 anos de uma trajetória consagrada pela excelência de suas animações.

Arte e ciência

As razões de tamanha sedução não são difíceis de decifrar. Ainda que seu carro-chefe seja o uso da tecnologia de computação, os filmes da Pixar costumam ser tão interessantes porque sondam enredos fartos de sofisticação emocional, para além dos recursos tecnológicos.

“A tecnologia sozinha não pode fazer nada. É a interseção da tecnologia e das artes que faz o nosso coração cantar”, disse certa vez Steve Jobs sobre qual tipo de trabalho realmente tem importância.

Sávio Leite concorda e acrescenta que a principal conquista da Pixar está em sempre conseguir alinhar em suas produções questões profundas e refinadas de uma forma única, inteligente e humana.

“É nítido que eles exploraram assuntos universais para fazer o grande público pensar, mas tudo é trabalhado sempre de forma brilhante”’, completa o professor.

A receita da criatividade

Criado em 1979 com o nome de Graphics Group, o estúdio era uma mera divisão de computadores da Lucasfilm, firma de efeitos especiais de George Lucas, homem responsável por blockbusters como “Guerra nas Estrelas” e um dos criadores da franquia “Indiana Jones”.

Mas sua história mudaria em janeiro de 1986, quando Steve Jobs (sim, o fundador da Apple tinha sido demitido no ano anterior da empresa de computadores após uma série de atritos com os diretores do grupo) pagou US$ 5 milhões pela firma e se tornou seu maior acionista.

Conseguindo os direitos sobre as tecnologias utilizadas, ele fundou uma nova empresa, independente, chamada Pixar (conjunção fonética das palavras “pixer”, do espanhol, que significa “fazer filmes”, e “radar”). A proposta inicial era usá-la para desenvolver efeitos especiais para a indústria cinematográfica.

Ainda em 1986, Jobs decidiu dar uma guinada e transformar a Pixar em um estúdio de animação autônomo. No mesmo ano, a empresa lançou seu primeiro curta-metragem, “Luxo Jr.”, que se tornou o primeiro desenho animado tridimensional a ser indicado ao Oscar.

Depois de muitas trombadas e quase nenhum lucro, a companhia decidiu assinar, em 1991, um contrato de US$ 26 milhões com a Disney para produzir três longas animados, o primeiro sendo “Toy Story”. O filme, que chegou aos cinemas em 1995, arrecadou mais de US$ 362 milhões e deu início à perpétua sequência de sucessos, que se mantém até hoje.

Após anos de atividades colaborativas, em 2006 os estúdios Disney desembolsaram US$ 7,4 bilhões para comprar a Pixar e a transformaram em uma empresa-satélite do grupo.

“Algumas pessoas enxergam a Pixar como um caso de sucesso da noite para o dia, mas, se você realmente analisar com cuidado, vai perceber que a maioria dos casos de sucesso imediato levam muito tempo para acontecer”, resumiu na época o próprio Steve Jobs.

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