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Viagem e Turismo A felicidade custa caro: entenda a polêmica sobre a taxa de visitação do Butão

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O país impressiona por sua beleza e riqueza cultural.

Foto: Divulgação
O país impressiona por sua beleza e riqueza cultural. (Foto: Divulgação)

O minúsculo reino budista do Butão, na borda oriental do Himalaia, muitas vezes chamado de “o último Shangri-La” por sua beleza natural abundante, seu desenvolvimento sustentável e sua rica herança cultural, há muito resiste aos rápidos retornos financeiros do turismo de massa em favor da conservação. A abordagem está alinhada com uma filosofia cultural em que a riqueza e a prosperidade do país são medidas por um Índice Nacional de Felicidade, como alternativa ao Produto Interno Bruto (PIB).

Desde 1974, ano em que os estrangeiros foram autorizados a visitar o Butão pela primeira vez, o país tem uma política de turismo única de “alto valor e baixo volume”, exigindo que o visitante internacional pague uma taxa diária mínima de US$ 250 por acomodações, refeições, um guia turístico obrigatório, além da “taxa de desenvolvimento sustentável” de US$ 65 ao governo. Essa abordagem de pacote fechado visava preservar os recursos naturais do país, limitando o número de visitantes internacionais e controlando os locais que podiam visitar. Alguns turistas reclamavam de encanamentos ruins nos hotéis, acesso lento à internet e comida sem graça, mas muitos apreciavam a facilidade dos passeios pré-estabelecidos.

Agora que o governo do Butão se prepara para reabrir suas fronteiras em 23 de setembro, o sistema turístico foi revisado e o custo da visita aumentará significativamente. O turista não precisa mais comprar um pacote fechado, mas terá de pagar uma taxa diária de US$ 200 diretamente ao governo, e pagar separadamente por acomodação, alimentação, passeios e outras despesas de viagem. A nova política, segundo as autoridades, classificará o Butão como “destino exclusivo”, atraindo “turistas exigentes” que terão acesso a uma gama mais ampla de serviços de alta qualidade.

“A covid nos permitiu repensar como o setor pode ser mais bem estruturado e operado, de modo que beneficie o Butão não só economicamente, mas socialmente também, mantendo as pegadas de carbono baixas. Em longo prazo, nosso objetivo é criar experiências de alto valor para o visitante, e empregos bem remunerados para nossos cidadãos”, disse Tandi Dorji, ministro das Relações Exteriores e presidente do Conselho de Turismo do reino.

Mas muitas operadoras turísticas ficaram nervosas com a mudança, temendo que a nova estrutura não gere vendas — não sabem se serão capazes de atrair um número suficiente de turistas com a taxa mais alta, ou se os visitantes vão mesmo procurar seus serviços, agora que terão a opção de fazer reserva diretamente nos hotéis, com os guias turísticos e afins.

“Justamente quando pensamos que veríamos a luz no fim do túnel depois de dois anos e meio sem negócios, o projeto de lei do governo nos jogou de volta na escuridão e não temos ideia de como agir”, reclamou Pelden Dorji, CEO do Bhutan Travel Club, empresa especializada em viagens de aventura.

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