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Esporte A Grécia poderá ser expulsa pela Fifa por causa dos episódios de violência ocorridos no futebol do país: O presidente de um clube chegou a invadir o campo com uma arma na cintura

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Presidente do PAOK, Iván Savvidis invadiu o campo com uma arma na cintura para protestar contra um gol anulado. (Foto: Reprodução)

As lamentáveis cenas de violência ocorridas no futebol grego no último fim de semana poderão ter consequências severas, como a proibição do país de disputar torneios internacionais ou até mesmo sua suspensão do quadro da Fifa (a entidade máxima do futebol). Foi este o recado dado nesta quarta-feira (14) por Herbert Huebel, representante da entidade que rege o esporte, após se reunir com membros do governo e do esporte local em Atenas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O assunto veio à tona após o presidente do PAOK, Iván Savvidis, ter invadido o campo com uma arma na cintura para protestar contra um gol anulado pela arbitragem no jogo diante do AEK Atenas, no último domingo (11), pelo Campeonato Grego. As duas equipes brigam diretamente pelas primeiras posições na tabela. A partida, que estava empatada em 0 a 0 no momento do incidente, acabou sendo interrompida.

No dia seguinte, o governo grego suspendeu a liga por tempo indeterminado. “O futebol na Grécia está no limite”, declarou Huebel. “Todos amamos o futebol, mas é inaceitável que as pessoas tenham medo de ir ao estádio. Como alguém pode levar seus filhos quando há armas no campo?”, questionou o representante da entidade.

Nesta quarta-feira foram iniciados no país europeu processos disciplinares contra o PAOK e seu proprietário. O time corre o risco de perder pontos ou até mesmo ser eliminado do campeonato, enquanto Savvidis, que se desculpou pela conduta, pode levar um gancho de cinco anos.

Além disso, o presidente da Federação Grega de Futebol, Evangelos Grammenos, avisou que representantes da liga nacional terão até o dia 23 para fazer uma declaração com medidas contra a violência dentro e fora dos estádios. Com esse plano em mãos, o governo decidirá se vai revogar ou não a suspensão ao campeonato.

A Fifa também será informada em até dez dias por meio de um relatório produzido por Huebel, baseado no que foi discutido durante o encontro em Atenas.

Desculpas

Na terça-feira (13), Savvidis, pediu desculpas por invadir o campo com uma arma na cintura. “Quero desculpar-me com todos os torcedores do PAOK e todos os fãs de futebol da Grécia e do resto do mundo”, disse Savvidis em comunicado. “Me desculpo pelo que aconteceu. Está claro que não tinha o direito de invadir o campo assim”, prosseguiu.

O magnata russo, no entanto, tentou justificar sua atitude. “Minha reação emocional se deve a situação negativa generalizada que reina no futebol grego ultimamente e a todos os acontecimentos inadmissíveis que aconteceram pouco antes do final da partida entre PAOK e AEK”, continuou.

“Queria proteger a dezenas de milhares de torcedores do PAOK de provocações e possíveis vítimas em confrontos após a partida”, opinou. “Estou lutando e continuarei lutando, apesar de os ataques que tenho recebido em todos os níveis, por um futebol mais justo, com árbitros honrados em todas as partidas. Quero que os títulos se ganhem nos estádio e não nas salas dos tribunais. De novo peço perdão.”

O ministro da Cultura e do Esporte da Grécia, Yorgos Vassiliadis, no entanto, se mostrou determinado a não deixar barato a atitude do Savvidis. Ele pretende criar um marco regulatório com punições severas a dirigentes que cometam atitudes que infrinjam as leis das competições nacionais.

Savvidis foi denunciado na Justiça grega e terá que responder criminalmente por ter invadido o campo. Mas punir um homem com tanto poder como ele não será tarefa fácil.

O presidente do PAOK é um magnata russo, dono de empresas ligadas ao tabaco, comércio de carnes e produtos agrícolas. Já foi membro do parlamento e do exército russo. Também é próximo do presidente Vladimir Putin. Há seis anos comprou o PAOK, que estava falido, mas antes fora presidente de outros clubes na Rússia, como o Rostov, o SKA Rostov e o Viktor Ponedelnik.

Na Grécia ele também é dono de um grupo de comunicação, complexos hoteleiros, e em Salónica, cidade-sede do clube, é considerado o homem mais poderoso da cidade. Ele é casado, pai de dois filhos, e tem licença de porte de arma.

tags: futebol

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