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Brasil A indústria automotiva brasileira espera muito do mercado interno e poucas vendas para a Argentina

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Anfavea acredita que os emplacamentos devem crescer 9,4% em 2020 . (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A indústria automotiva espera muito do mercado interno e pouco da Argentina. As metas e previsões divulgadas por associações do setor mostram fé no crescimento das vendas no varejo e nenhuma esperança na retomada do parceiro comercial.

A Anfavea (associação que representa as montadoras) acredita que os emplacamentos devem crescer 9,4% em 2020, enquanto as exportações, que já tiveram resultados ruins em 2018 e 2019, devem cair 11%.

O problema está no principal destino dos carros brasileiros. De acordo com a Adefa (associação dos fabricantes instalados na Argentina), foram vendidos 372,5 mil veículos de passeio e comerciais leves no país vizinho em 2019, uma queda de 45,4% em comparação a 2018.

Segundo Pablo Di Si, presidente da Volkswagen na América do Sul, as exportações foram menos prejudicadas devido a novos contratos. A empresa envia o sedã Virtus para o México e o utilitário compacto T-Cross para mercados da África. Mas a perda no mercado argentino é vultosa. A média de emplacamentos da Volks naquele país caiu de 11 mil para 5.000 unidades por mês, diz o presidente da montadora.

Em uma entrevista realizada em dezembro, Di Si afirmou que a montadora chegaria perto de fechar no azul em 2019, mas que esse objetivo só deverá ser atingido em 2020. Com a necessidade de aumentar a rentabilidade para bater metas, o principal objetivo do ano para as fabricantes é retomar a comercialização no varejo e assim evitar que as vendas diretas (que têm margem de lucro menor) se sobreponham. Em 2019, 45,7% de todos os carros de passeio e comerciais leves foram vendidos para pessoas jurídicas, principalmente locadoras.

Para atrair consumidores, é preciso facilitar o financiamento, o que já ocorreu em 2019. O presidente da Volks acredita que a retomada do crédito será mantida. “As projeções dos bancos indicam aumento de 10% ao ano, nos próximos três anos, do valor disponível para concessão de crédito”, afirma Di Si. Rodnei Bernardino de Souza, diretor do Itaú Unibanco, confirma que houve crescimento na oferta de crédito no segmento de veículos leves e afirma que parte dessa expansão se deve ao mercado de venda direta para pessoas jurídicas.

“Estamos otimistas em termos de controle dos níveis de inadimplência e de demanda nas modalidades de crédito atuais. Ainda que a velocidade de crescimento não seja a mesma vista no último ano, o mercado dá sinais firmes de que seguirá em alta”, diz Souza. Segundo o executivo, o Itaú investe em tecnologia para facilitar as consultas de informações sobre financiamentos e, para pessoas físicas, oferece opções com parcela balão, em que uma prestação final de valor mais alto é paga ou refinanciada no fim do plano.

Essa modalidade de parcelamento, que já vem sendo oferecida por outros bancos ligados a montadoras, permite prestações mais baixas, embora não signifique redução real na taxa de juros praticada, algo esperado devido ao patamar atual da Selic, que caiu para 4,5% ao ano.

Ao apresentar as previsões da Anfavea para 2020, o presidente da entidade, Luiz Carlos Moraes, associou a queda da taxa básica de juros a uma melhora nas vendas. “Com a Selic em seu patamar mais baixo, há espaço para baixar a taxa que mais nos interessa, que é o CDC (instrumento financeiro para financiamento de automóveis)”, disse Moraes em entrevista realizada há uma semana. Opções mais atraentes de crédito também devem impulsionar as revendedoras independentes.

“O crescimento na venda de veículos novos se reflete diretamente no mercado de usados. A cada 10 veículos novos vendidos, aproximadamente 8 seminovos são utilizados como forma de pagamento e passam a ser comercializados no segmento de usados”, calcula Márcio Leitão, diretor-executivo do grupo BMZ Auto Brokers. Contudo, a queda no juro básico ainda é pouco sentida nos financiamentos oferecidos hoje nos sites das montadoras.

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